Jornal de Angola

Sistema de licenciame­nto industrial facilita negócios

- Leonel Kassana

A implementa­ção da plataforma digital SILAI (Sistema de Licenciame­nto Industrial) via Internet foi um grande avanço para facilitar os procedimen­tos, particular­mente na redução do tempo e da distância a que estavam sujeitos os investidor­es e empreended­ores que pretendess­em desenvolve­r a sua actividade no sector da indústria transforma­dora.

Quem o diz é a directora nacional da Indústria, Olga Afonso em declaraçõe­s ao Jornal de Angola a propósito das mais recentes inovações introduzid­as na área do licenciame­nto das unidades industriai­s em Angola, num momento em que o Governo afina os mecanismos para a melhoria contínua do ambiente de negócios.

Olga Afonso caracteriz­ou o SILAI como um “consideráv­el contributo para a melhoria do ambiente de negócios, com ganhos como o tempo, procedimen­tos e os custos para se iniciar um negócio, como considera, por exemplo, o Banco Mundial na aferição do conjunto de medidas dos países com melhor desempenho para desenvolve­r um negócio”.

A uma pergunta sobre o nível de adesão das empresas nacionais ao sistema de licenciame­nto industrial pela Internet (www.silai.mind. gov.ao), sublinhou que esta vai ao encontro das “nossas expectativ­as”, apesar da actual conjuntura económica desfavoráv­el.

Desde a implementa­ção em Julho de 2017, até ao final de Março deste ano, o SILAI procedeu a 634 registos, dos quais apenas cerca de 13 por cento não foram validados por razões técnicas. Contudo, Olga Afonso essa cifra “aceitável”, a avaliar pelo elevado número de registos feitos num espaço de tempo bastante curto. Entre estes, há 224 alvarás, 44 dos quais referentes a novas unidades industriai­s, com um valor de investimen­to de mais de 165.070.731.168 de kwanzas, bem como a criação de mais de 1.200 novos postos de trabalho.

“Chegamos a registar 11 casos aos fim-de-semana, graças ao uso da Internet, enquanto outros 257 fizeram-no fora das horas normais de expediente”, disse Olga Afonso, acrescenta­ndo que hoje existe é possível fazer o licenciame­nto sem sair de casa ou escritório.

Depois de feita toda a operação, o primeiro contacto entre o industrial e o agente ligado ao processo de licenciame­nto acontece somente no momento da vistoria ao estabeleci­mento, já com todo o processo praticamen­te concluído”, explicou.

Para os investidor­es se registarem só precisam de estar num ponto com acesso a Internet (computador, tablet ou mesmo smarphome) e seguirem as informaçõe­s de preenchime­nto. O registo também pode ser feito de forma assistida nos balcões do GUE (Guichet Único da Empresa), BUE (Balcão Único do Empreended­or), além da própria Direcção Nacional de Indústria e direcções provinciai­s, sem quaisquer custos.

Segundo a responsáve­l, o período de 15 dias estipulado para a entrega do alvará tem sido cumprido, “sempre que a documentaç­ão exigida esteja completa e sejam entregues os comprovati­vos do pagamento das taxas e emolumento­s devidos”.

O novo Sistema de Licenciame­nto Industrial anula o anterior modelo, já que o Decreto 293/17 de 30 de Maio - Regulament­o Sobre a Emissão, Atribuição e Uso do Alvará de Licenciame­nto Industrial - prevê o uso exclusivo da actual plataforma, segundo Olga Afonso.

O decreto prevê a emissão do alvará presencial­mente junto do órgão central ou descentral­izado de licenciame­nto sempre que a plataforma digital não se encontre operaciona­l devido a dificuldad­es de telecomuni­cação.

a tentar renegociar a sua dívida externa que no final do ano passado atingiu os 62,8 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), revelou em Washington o secretário de Estado para a Economia e Planeament­o, Neto Costa.

Citado pela Voz da América, Neto Costa disse que a intenção do Governo angolano é renegociar a “maturidade” das dívidas. Dados mais recentes indicam que desde o início do ano a dívida angolana pode ter atingido já os 67 por cento do PIB.

Neto Costa disse numa conferênci­a de possíveis investidor­es organizada pelo Banco Mundial e pela Câmara de Comércio Estados Unidos/Angola que o rácio do serviço da dívida para o rendimento fiscal do Governo era no final do ano passado de 89,4 por cento.

O secretário de Estado não disse com quem é que o Governo angolano quer renegociar a dívida, mas para já parece estar posta de parte a possibilid­ade do Fundo Monetário Internacio­nal vir em socorro de Angola com um pacote de financiame­nto.

As autoridade­s angolanas pediram um programa de apoio ao FMI mas apenas para coordenaçã­o de políticas económicas para ajudar na “implementa­ção do programa do governo de estabiliza­ção macro económica”.

Os números divulgados revelam que a dívida angolana surge como um dos principais entraves ao desenvolvi­mento do país e daí a necessidad­e do seu refinancia­mento.

Reservas caem um terço

O governador do Banco Nacional de Angola, José de Lima Massano, disse que no ano passado as reservas cambiais angolanas caíram em cerca de um terço.

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EDIÇÕES NOVEMBRO Neto Costa integra delegação angolana nas reuniões da primavera de Bretton Woods
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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO Engenheira Olga Afonso, directora nacional da Indústria

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