Carência de recursos dificulta reabilitação
O sector da Cultura na província da Huíla tem dificuldades em cumprir o programa de restauro dos monumentos e sítios históricos e arqueológicos, devido a problemas financeiros.
Existem 236 monumentos e sítios definidos como património edificado, paisagístico, natural, histórico e arqueológico, arquitectura civil, militar, religiosa e funerária, 11 dos quais já classificados e 225 inventariados.
De acordo com o director provincial interino da Cultura, Pedro Mussunda, a propósito do actual estado dos sítios arqueológicos, o sector tem procurado financiamento estrangeiro para os projectos de restauro.
“Os planos anuais de desenvolvimento da Huíla contêm rubricas orçamentais para a reabilitação do património cultural, mas a conjuntura económica actual do país impede que esses recursos sejam disponibilizados”, explicou.
Embora não tenha quantificado o valor necessário para o programa de restauro, Pedro Mussunda considera urgente a dotação orçamental para dar início às obras, evitando eventuais danos materiais dos bens.
O monumento do Cristo Rei beneficiou de obras de reabilitação paliativa há dez anos, mas necessita de uma nova intervenção.
Outros bens arqueológicos que carecem de obras de reabilitação, segundo Pedro Mussunda, são as Muralhas do Kangalombe e Eleu, na comuna do Jau, município da Chibia, as Grutas do Ondimba, no Tchivinguiro, município da Humpata, e as missões Católica e Evangélica Congregacional em Angola (IECA), na comuna da Huíla, no município do Chipindo.
Esse património histórico deve beneficiar de intervenções, com recursos do Estado ou privados, para garantir a manutenção, sublinhou. Por outro lado, afirmou que esses bens permitem captar recursos financeiros, através do turismo.