José Eduardo dos Santos passa a general de Exército
O Presidente da República, João Lourenço, promoveu o ex-chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, ao posto de militar de general de Exército, licenciando-o à reforma, de acordo com a decisão publicada em Diário da República.
A decisão consta da Ordem 9/18 do Comandanteem-Chefe das Forças Armadas Angolanas, e Presidente da República, publicada no dia 19 deste mês.
José Eduardo dos Santos, actualmente com 75 anos, foi Presidente da República durante 38 anos, e por inerência de funções comandante-em-chefe das Forças Armadas Angolanas (FAA). Nas últimas eleições gerais, no ano passado, não concorreu ao cargo, cedendo o lugar a João Lourenço, que venceu o pleito.
O ex-Presidente da República continua na liderança do MPLA, com João Lourenço como vice-presidente. José Eduardo dos Santos anunciou que vai abandonar a vida política activa este ano.
Numa outra ordem, 12/18 de 19 de Abril, foi confirmada a já anunciada promoção de António Agostinho Neto, primeiro Presidente de Angola, que faleceu em 1979, naquelas funções, a título póstumo igualmente ao grau militar de general de Exército.
A decisão, agora oficializada, de promover o primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, ao grau militar de general de Exército foi aprovada a 9 de Março, numa reunião do Conselho de Segurança Nacional.
O Presidente João Lourenço publicou também a ordem para licenciar à reforma, por limite de carreira, o general de Exército Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa”, que no Governo de José Eduardo dos Santos ocupou o cargo de ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República.
João Lourenço licencia à reforma os oficiais generais José Fernando, Luzia Bibiana de Almeida Sebastião e Francisco Simão Bento. O Presidente promoveu, a título póstumo, os oficiais generais João José Afonso da Silva ao Grau Militar de General e Plácido Ramiro da Costa ao Grau Militar de Brigadeiro. Uma marcha de apoio ao Governo Provincial de Malanje foi realizada ontem na cidade de Malanje, por iniciativa da União Nacional dos Estudantes (UNE – Angola).
A marcha, que iniciou na Avenida Comandante Dangereux e culminou no largo adjacente ao Estádio 1º de Maio, contou com a adesão de membros da sociedade civil local, e juntou estudantes de diferentes níveis de ensino.
O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE –Angola) em Malanje, Bartolomeu Papusseco, disse que o objectivo é lançar o repto face aos comportamentos negativos que têm sido registados no seio da sociedade angolana, particularmente, em Malanje. “Criamos um projecto para a moralização dos cidadãos e das instituições a nível da província de Malanje", salientou, acrescentando que nos últimos tempos tem sido notório um comportamento reprovável por parte de alguns jovens.
No seu entender, esses jovens devem apresentar as suas preocupações e inquietações de forma adequada.
Bartolomeu Papusseco alertou a juventude, bem como a sociedade no geral a estar vigilante, devido a existência do que considerou um grupo de jovens que se autodenominam “Comunidade Académica de Malanje”, que tem estado a passar nas instituições para mobilizar vários jovens incitando ao ódio e à violência.
O responsável da UNEAngola admitiu que nem tudo está bem para a juventude e que apesar disso as reclamações devem ser devidamente apresentadas ao governo ou às instituições de direito para o fortalecimento da unidade nacional, da paz e da democracia.
O responsável da UNEAngola aconselhou a sociedade local a manter a calma, porque melhores dias virão.
O MPLA, disse, tem no seu programa de governo o lema “melhorar o que está bem e corrigir o que está mal”, não discordando dos jovens que querem ver resolvidos os seus problemas.