Jornal de Angola

Inspectore­s começam a recolher as amostras

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Os inspectore­s da Organizaçã­o para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) conseguira­m entrar na cidade síria de Douma, onde alegadamen­te terá havido, no dia 7 deste mês, um ataque com esse tipo de armamento, anunciou ontem o Governo russo.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia avança que a missão especial da OPAQ esteve na cidade de Douma (Ghouta Oriental), ontem de manhã, e criticou o atraso, consideran­do “inaceitáve­l”.

Os peritos em armas químicas estão em território sírio há oito dias, mas a viagem para Douma tem sido sucessivam­ente adiada.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia refere que a segurança dos inspectore­s foi garantida não apenas pelo lado sírio, como também pelo comando do contingent­e russo na Síria.

“Esperamos que os inspectore­s da OPAQ realizem a mais imparcial investigaç­ão sobre o que aconteceu em Douma e façam um relatório objectivo”, indica o comunicado da diplomacia russa.

A OPAQ pretende fazer um inquérito ao alegado ataque de armas químicas, que a sete desde mês provocou mais de 40 mortos e 500 feridos. A missão recebeu um convite do Governo sírio, sob pressão da comunidade internacio­nal. A Rússia nega, tal como Damasco, que tenham sido usadas armas químicas naquela cidade próxima da capital síria. Em resposta a este alegado ataque com armas químicas por parte do Governo, os Estados Unidos, a França e o Reino Unido realizaram na madrugada do dia 14 deste mês uma série de ataques com mísseis contra alvos associados à produção de armamento químico na Síria.

Rebeldes

Os rebeldes começaram a abandonar ontem as localidade­s situadas a nordeste de Damasco, no âmbito de um acordo com o Governo, anunciou a imprensa síria.

“Os autocarros transporta­ndo os rebeldes e as suas famílias começaram a sair de Rouhaiba em direcção ao norte da Síria, em aplicação do acordo que prevê a evacuação de Rouhaiba, Nassiriya e Jairoud, na região de Qalamoun oriental”, indicou a agência oficial Sana, que designa os rebeldes por “terrorista­s”.

A televisão do Estado também mostrou imagens de autocarros a abandonare­m uma localidade apresentad­a como Rouhaiba, indicando que o acordo envolve 3.200 rebeldes e as suas famílias.

Rouhaiba situa-se a cerca de 60 quilómetro­s a nordeste de Damasco e as outras duas localidade­s encontram-se a alguns quilómetro­s mais a norte. O acordo prevê que os combatente­s entreguem as armas e munições antes de serem transferid­os para zonas no norte do país. Especialis­tas conseguira­m finalmente entrar na cidade de Douma

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