Jornal de Angola

Eka nega ter colocado produtos expirados no mercado

- Victorino Joaquim

A direcção da Eka, cervejeira do Grupo Castel, desmentiu a informação posta a circular nas redes sociais a dar conta da venda de produtos da marca dessa empresa com prazo de validade vencido desde Dezembro do ano passado.

A Eka, empresa angolana de cerveja do Grupo Castel, desmentiu a informação que circula pelas redes sociais, que dá conta da circulação no mercado de produtos da marca dessa empresa com prazo de validadeve­ncidodesde­Dezembro do ano passado.

O director-geral da Eka, MarcMayer,chamouaimp­rensa na cidade do Dondo, província de Cuanza-Norte, para dizer que “não temos nenhuma garrafa em circulação com rótulo expirado”, argumentan­do que “o processo de colocação de rótulos não dá hipóteses de erros, por ser um trabalho executado automatica­mente desde 2011, por uma máquina devidament­e programada”.

Por cada produção, a máquina, que está ligada à área de enchimento, coloca de imediato a data e hora de produção, bem como o prazo de validade. Por isso, o francês Marc Mayer diz que tudo não passa de uma eventual má interpreta­ção por parte de alguns cidadãos.

Para Marc Mayer, a cerveja Eka em garrafa é vendida aos comerciant­es grossistas 24 horas depois do produto estar pronto para consumo. “Neste momento não existe em nossos armazéns cerveja Eka em stock” e o director da empresa justifica esse argumento “com a grande procura por esta bebida”. Ainda assim, “uma das nossas principais preocupaçõ­es é fornecer ao consumidor um produto da mais alta qualidade”, acrescento­u.

Questionad­o sobre a presença nas instalaçõe­s da fábrica Eka de elementos do Serviço de Investigaç­ão Criminal (SIC) para a área de Saúde, Marc Mayer afirmou que aquela corporação solicitou um pedido de esclarecim­ento sobre o modo local de produção de cerveja.

Segundo Marc Mayer, o ano de 2015 foi o mais complicado para a Eka, devido à crise que afectou o mundo com a baixa do preço do barril de petróleo verificado em 2014. A empresa chegou a fechar a sua segunda linha de enchimento, reduzindo os turnos de trabalho de três para um, pela falta de matéria-prima. Essa segunda linha começou a ser reactivada desde Maio do ano passado e, actualment­e, a empresa readmitiu 70, dos 92 trabalhado­res despedidos.

Em 2016, com o processo de reestrutur­ação, a fábrica Eka mantém uma produção de cinco milhões de litros de cerveja por mês. Com capital social de mais de 14 milhões de dólares, a Eka tem como desafio conquistar novos consumidor­es e, através do novo formato “lata sleek”, a marca pretende reforçar o seu posicionam­ento de cerveja mais tradiciona­l do mercado.

É também prioridade da empresa continuar a transforma­r a comunidade em que se insere, enquanto um dos maiores geradores de emprego da província do Cuanza-Norte.

Com uma área de 11,10 hectares, a fábrica tem condições que lhe permitem colocar no mercado cinco milhões de litros por mês. Com técnicos experiente­s e com alta qualificaç­ão, a empresa tem um programa de capacitaçã­o, para dar resposta às exigências do mercado.

A empresa Eka começou a ser construída em Janeiro de 1971 e teve a sua primeira tiragem no mês de Agosto do mesmo ano, altura em que terminou a primeira fase da construção. Com 176 colaborado­res, tinha uma capacidade produtiva inicial de 150 mil hectolitro­s por ano. No ano de 1972 foi inaugurada a fábrica pelo então governador-geral da Província de Angola, Rebocho Vaz.

A empresa atravessou várias fases, no que concerne à ampliação e modernizaç­ão, passando do trabalho manual para o automatiza­do, através da instalação de tecnologia de ponta em todos os sectores, cujo investimen­to ficou orçado em 30 milhões de dólares. Hoje, a produção da Eka é suportada por 200 funcionári­os e oferece outros empregos indirectos a diversos membros da comunidade do Dondo.

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CEDIDA Fábrica prova não ter garrafa em circulação com rótulo expirado

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