Languinha quer solução negociada com a FAF
O ex-seleccionador nacional de Sub-17, Simão José Coxe “Languinha”, endereçou uma carta à direcção da Federação Angolana de Futebol (FAF), na qual manifesta a intenção de negociar uma solução, na sequência do afastamento das suas funções, feito sem notificação prévia pelo elenco federativo, após nove anos de vínculo laboral.
A informação foi revelada ao Jornal de Angola pelo técnico, que no ano passado qualificou a Selecção de Sub17 para a fase final do Campeonato Africano das Nações (CAN 2017), disputado no Gabão. Na missiva, “Languinha”, aconselhado pelo advogado Egas Viegas, manifesta a vontade de chegar a um entendimento que responda aos seus anseios.
“Esta é a primeira via. Caso a FAF não se mostre disponível em atender as nossas solicitações, vamos avançar com um processo judicial”, adverte o treinador. Técnico demitido do cargo pelo elenco de Artur Almeida
Após o termo do contrato, em Novembro último, o treinador disse ter recebido garantias do vice-presidente da FAF, Adão Almeida, de que o seu trabalho teria sequência. Volvidos quatro meses e após trabalhar na convocatória das Selecções de Sub-17 e Sub20, os seus ordenados não foram pagos, juntando-se à dívida já existente de 11 meses de salários em atraso.
“Foram contratados outros profissionais, a quem, entretanto, desejo sucesso no trabalho que vão realizar. Penso que antes deviam ter resolvido os pendentes. Além de mim, há outros colegas na mesma condição”, revelou.
O advogado do treinador, preferiu não falar sobre o assunto por enquanto, uma vez que submeteu a carta à FAF, abrindo assim a possibilidade de diálogo presencial, nos próximos dias, para uma solução extra-judicial.
Egas Viegas acredita na possibilidade de solução sem recurso aos órgãos judiciais ou à FIFA.
O português Pedro Soares Gonçalves foi anunciado há uma semana como substituto de Simão Coxe “Languinha” no comando da Selecção de Sub-17, ao passo que o espanhol Ramon Alturo é o novo director técnico da FAF.