Presidentes discutem gestão dos recursos do rio Congo
O Presidente João Lourenço é um dos dez Chefes de Estado e de Governo presentes em Brazzaville, para relançar, numa cimeira a decorrer hoje, a Comissão da Bacia do Congo e a operacionalização do Fundo Azul, para projectos destinados à preservação da fauna e do ecossistema da região abrangida pelo rio. Com o Rei do Marrocos, Mohamed VI, como convidado especial, a cimeira conta com os Presidentes de Angola, GuinéEquatorial, Rwanda, Gabão, Guiné Conakry, Níger, Senegal, República Centro Africana, São Tomé e Príncipe e o anfitrião, Denis Sassou Nguesso, o idealizador do Fundo Azul. João Lourenço, que chegou ontem, ao final da tarde, a Brazzaville, juntou-se aos homólogos Teodoro Obiang Nguema, Paul Kagame, Ali Bongo, Alpha Condé, Mahamadou Issoufou, Mackey Sall, Faustin Touadera, Evaristo Carvalho e ao anfitrião Denis Sassou Nguesso.
O Presidente João Lourenço é um dos 10 Chefes de Estado e de Governo presentes em Brazzaville, para relançar, numa cimeira a decorrer hoje, a Comissão da Bacia do Congo e a operacionalização do Fundo Azul, para projectos destinados à preservação da fauna e do ecossistema da região abrangida pelo rio.
Com o Rei Mohamed VI como convidado especial, a cimeira conta com os Presidentes de Angola, Guiné-Equatorial, Rwanda, Gabão, Guiné Conakry, Níger, Senegal, República Centro Africana, São Tomé e Príncipe e o anfitrião, Denis Sassou Nguesso, o idealizador do Fundo Azul.
João Lourenço chegou ontem, no final da tarde, a Brazzaville e juntou-se aos homólogos Teodoro Obiang Nguema, Paul Kagame, Ali Bongo Ondimba, Alpha Condé, Mahamadou Issoufou, Mackey Sall, Faustin Archangel Touadera, Evaristo Carvalho e o anfitrião Denis Sassou Nguesso.
Ontem, os ministros ligados ao Clima e Ambiente concluíram os dois dias de debates e preparação dos documentos a serem submetidos à cimeira. Esperase que hoje os Chefes de Estado adoptem a Declaração de Brazzaville, que vai operacionalizar a Comissão Climática da Bacia do Congo e o Fundo Azul, marcando assim o compromisso de cada Estado com a salvaguarda da Bacia, a segunda reserva de carbono do mundo, mercê dos seus 220 milhões de hectares de florestas, incluindo a do Maiombe, em Cabinda.
Numa fase de alterações climáticas, com secas extremas em algumas áreas e cheias em outras, a Comissão e o Fundo Azul são tidos como instrumentos importantes para desenvolver uma economia verde, lutar contra a pobreza na região, além de servir de estratégia e voz dos africanos para fazer face aos países desenvolvidos, que são também os maiores poluidores do planeta.
A Bacia do Congo, que integra, entre outros, os rios Congo (ou Zaire), Kwanza, Cunene, Ubangue (RCA) e o Lago Tanganica, serve milhões de pessoas que vivem da agricultura e da pesca, além de utilizarem o transporte fluvial.
A cimeira de Brazzaville, a primeira dos Chefes de Estado, desde o lançamento do Fundo, em Março do ano passado, vai, igualmente, avaliar a protecção da biodiversidade do Rio Congo, o segundo maior de África (depois do rio Nilo) e o nono no mundo. Na sua principal extensão, o rio atravessa a República Democrática do Congo e, perto da sua foz, estabelece a fronteira com Angola.
O Congo é o segundo rio do mundo em caudal (apenas ultrapassado pelo rio (Amazonas) e é o segundo em área da bacia hidrográfica (novamente a seguir ao Amazonas e apenas ligeiramente acima da do rio Mississípi).
Numa fase em que a escassez de recursos e o aumento da população apresentam-se como uma potencial fonte de conflitos entre países, os Chefes de Estado e de Governo pretendem discutir mecanismos para o melhor aproveitamento dos recursos locais.
Os Chefes de Estado querem evitar situações como a que ocorre com o Nilo, onde os nove países pelos quais passa estão a negociar um acordo para melhor partilhar os recursos e proteger o rio em tempos de mudança climática. De um lado, estão os sete Estados, que, virtualmente, abastecem a corrente do rio. Do outro, estão Egipto e Sudão, países de clima desértico, para os quais o Nilo é indispensável. Tratados de 1929 e 1959, época em que a Inglaterra controlava boa parte da região, garantem aos dois países utilização plena das águas do Nilo e o poder de vetar qualquer projecto para instalar represas no leste de África.