Januário Jano expõe obras na Bienal de Dakar
O artista plástico Januário Jano participa na 13.ª edição da Bienal Africana de Arte Contemporânea, DAK´ART 2018, de 3 de Maio a 2 de Junho, em Dakar, Senegal.
Januário Jano é um dos 75 artistas seleccionados, em representação de 33 países de vários continentes.
A bienal deste ano decorre sob o lema “The hour is red” (A hora é vermelha), expressão extraída da peça “And the dogs were silent” (E os cães estavam silenciosos), que aborda questões ligadas à emancipação e liberdade, de Aimé Césaire, poeta, dramaturgo, ensaísta e político da negritude (movimento literário que exalta a identidade negra).
Januário Jano participa com a obra “Ilundu”, uma série de 24 fotografias em cujo foco é uma viagem pessoal através de memórias que misturam ficção e realidade.
Em “Ilundu”, o artista recupera práticas tradicionais dos povos do grupo etnolinguístico ambundu, com as quais questiona as memórias na construção visual, colectiva e pessoal do país nos últimos 40 anos. Para garantir consistência da linha identitária da bienal, a organização decidiu manter Simon Njami como director artístico e curador.
Januário jano disse ao Jornal de Angola, ontem, que a DAK´ART 2018 tem a presença de curadores convidados de renome internacional. Elvira Dyangani Ose, Marisol Rodriguez, Bonaventure Soh Bejeng Ndikung, Alya Sebti e Hou Hanru coadjuvam o director artístico. A edição anterior foi realizada sob o lema “The city in the blue day”, inspirado num poema de Léopold Senghor (Presidente senegalês entre 1960 e 1980). Januário Jano nasceu em Luanda em 1979. Começou a pintar murais, recortando jornais e revistas. Estudou na Grã-Bretanha onde concluiu uma pós-graduação em Artes na London Metropolitan University.
Trabalha com pintura, instalação, vídeo e fotografia e tem realizado residência artística entre Luanda, Lisboa e Londres. Foi distinguido em Veneza, Itália, com o prémio “Art Laguna Prize”, na categoria “Business for Art”. Participou em colectivas na Europa e Estados Unidos, com destaque para “Doual’Art”, nos Camarões.