Ravina ameaça destruir escola e várias moradias
Uma ravina de grande dimensão está a progredir em direcção a várias residências e a escola do II ciclo do ensino secundário na localidade de Calussinga, município do Andulo, província do Bié.
A administradora comunal, Faustina Mbundo, disse ontem que a ravina atingiu “proporções alarmantes” este ano por causa das chuvas intensas que se abatem sobre a região. “As chuvas estão a provocar a ampliação e a aumentar a profundidade da ravina”, frisou.
Devido a este problema, a Administração Comunal de Calusssinga criou um programa para realojar a população que habita nas zonas ameaçadas pela ravina.
Com cerca de 80 mil habitantes, Calussinga produz em grande escala batata-doce, milho, mandioca, feijão, inhame e jinguba.
A comuna destaca-se ainda na criação de gado bovino, caprino e suíno.
A espera de Investimentos
Devido à carência de infraestruturas sociais e habitacionais e à degradação das vias secundárias e terciárias, Calussinga não consegue afirmar-se na esfera produtiva, apesar das potencialidades no sector agropecuário.
“A degradação das vias secundárias e terciárias emperram o escoamento dos produtos do campo para a cidade. Deste modo, muitos produtos acabam por se deteriorar na comuna, causando grandes prejuízos aos produtores”, disse a administradora Faustina Mbundo.
Conhecida como placa giratória tradicional, a localização da vila de Calussinga facilita a circulação de pessoas e bens entre as províncias do Huambo, Cuanza-Sul, Malanje, Luanda e Bié.
A comuna de Calussinga pode vir a ascender à categoria de município dentro do novo programa de requalificação e divisão administrativa, disse a administradora Faustina Mbundo. “O processo já está na posse do Ministério da Administração do Território e estamos a aguardar pelo parecer favorável”, concluiu Faustina Mbundo.