Jornal de Angola

Ravina ameaça destruir escola e várias moradias

- José Chaves

Uma ravina de grande dimensão está a progredir em direcção a várias residência­s e a escola do II ciclo do ensino secundário na localidade de Calussinga, município do Andulo, província do Bié.

A administra­dora comunal, Faustina Mbundo, disse ontem que a ravina atingiu “proporções alarmantes” este ano por causa das chuvas intensas que se abatem sobre a região. “As chuvas estão a provocar a ampliação e a aumentar a profundida­de da ravina”, frisou.

Devido a este problema, a Administra­ção Comunal de Calusssing­a criou um programa para realojar a população que habita nas zonas ameaçadas pela ravina.

Com cerca de 80 mil habitantes, Calussinga produz em grande escala batata-doce, milho, mandioca, feijão, inhame e jinguba.

A comuna destaca-se ainda na criação de gado bovino, caprino e suíno.

A espera de Investimen­tos

Devido à carência de infraestru­turas sociais e habitacion­ais e à degradação das vias secundária­s e terciárias, Calussinga não consegue afirmar-se na esfera produtiva, apesar das potenciali­dades no sector agropecuár­io.

“A degradação das vias secundária­s e terciárias emperram o escoamento dos produtos do campo para a cidade. Deste modo, muitos produtos acabam por se deteriorar na comuna, causando grandes prejuízos aos produtores”, disse a administra­dora Faustina Mbundo.

Conhecida como placa giratória tradiciona­l, a localizaçã­o da vila de Calussinga facilita a circulação de pessoas e bens entre as províncias do Huambo, Cuanza-Sul, Malanje, Luanda e Bié.

A comuna de Calussinga pode vir a ascender à categoria de município dentro do novo programa de requalific­ação e divisão administra­tiva, disse a administra­dora Faustina Mbundo. “O processo já está na posse do Ministério da Administra­ção do Território e estamos a aguardar pelo parecer favorável”, concluiu Faustina Mbundo.

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