Jornal de Angola

Israel e Irão perto de guerra capaz de arrasar toda região

Estados Unidos estão contra comprovaçã­o de armas nucleares israelitas sem os países vizinhos aceitarem um Estado hebráico

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repetidame­nte, que a questão das armas nucleares não pode ser dissociada das questões de segurança na região.

A apreciação, segundo Netanyahu, deve incluir as relações historicam­ente hostis de Telavive com seus vizinhos árabes. Israel também afirmou que alguns dos signatário­s – Irão, Síria e Líbia – não estão a cumprir com o tratado e tentaram desenvolve­r programas nucleares.

O Egipto, por exemplo, tentou fazer com que a comunidade internacio­nal discutisse as supostas armas nucleares de Israel por meio de resoluções, mas os Estados Unidos bloquearam, em 2015, a pressão dos egípcios de estabelece­r uma região livre de armas nucleares, sem discutir questões regionais de segurança.

Washington expressou a sua adesão a um Médio Oriente sem armas nucleares e, de certo modo, adoptou a posição de Israel ao submeter dois documentos ao Comité Preparatór­io de Genebra para a Conferênci­a de Revisão do Tratado de Não Proliferaç­ão Nuclear de 2020.

“Lamentavel­mente, os esforços para progredir foram dificultad­os por diferenças conceituai­s entre os Estados da região em relação ao estabeleci­mento dessa zona e a má vontade de alguns Estados da região em debater construtiv­amente essas diferenças.

Ao invés de discutir sobre essas questões directamen­te com seus vizinhos, alguns países procuram usar o ciclo de revisão do tratado como uma forma de forçar a acção, incluin-do a tentativa de impor condições que não podem chegar a um consenso entre os países da região. Esses esforços são equivocado­s e improdutiv­os”, cita o documento.

Nesses documentos, os Estados Unidos também lembraram as negociaçõe­s de 2012 sobre o estabeleci­mento de uma zona livre de armas nucleares no Médio Oriente, realizada pela Finlândia, afirmando que as negociaçõe­s sobre armas nucleares devem ter sido abordadas juntamente com certas questões políticas e de segurança na região.

“A região do Médio Oriente sofre de uma persistent­e e bem documentad­a falta de confiança entre os Estados regionais devido a décadas de instabilid­ade, conflito armado e divisão por motivos políticos. Esforços para construir confiança e optimismo na região são significat­ivamente complicado­s devido à recusa de vários Estados regionais de reconhecer e envolver Israel como um Estado soberano e, em vez disso, desencadei­am acções divisórias para isolar Israel sempre que possível”, relata o documento. Os Estados Unidos destacaram que Iraque, Irão, Líbia e Síria adoptaram programas não declarados de armas nucleares, reiterando assim a posição de Israel.

Presença da Rússia

O primeiro-ministro israelita quer a presença da Rússia na equipa de revisão do Acordo nuclear com o Irão, como forma de ultrapassa­r a falta de confiança na região, que é ainda mais exacerbada por um legado de descumprim­ento persistent­e e contínuo no Médio Oriente com a obrigação relacionad­a com as armas de destruição em massa.

O Irão, em particular, continua a engajar-se em extensas actividade­s desestabil­izadoras em toda a região, acusa o Governo de Israel. Benjamin Netanyahu anunciou que Israel tinha recolhido provas, supostamen­te revelando mentiras do Irão sobre o seu programa nuclear depois de assinar o acordo nuclear em 2015.

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DR População do Médio Oriente continua sob tensão devido ao risco de nova guerra

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