Ex-refugiados devem ser os “embaixadores do povo”
Os ex-refugiados angolanos na Zâmbia são a expressão da histórica amizade que une os dois povos desde os primórdios da luta de libertação contra o jugo colonial, considerou o Chefe de Estado, para quem, enquanto os mesmos residirem naquele país, devem continuar a ser “bons embaixadores do povo angolano.”
O contributo prestado pela Zâmbia à independência de Angola, assim como de outros Estados da região, foi igualmente um aspecto realçado pelo Presidente da República, que transmitiu aos compatriotas residentes no país vizinho uma mensagem de esperança no futuro.
Os membros da comunidade angolana na Zâmbia presentes no encontro colocaram ao Presidente da República uma série de preocupações relacionadas, sobretudo, com a falta de emprego, documentação e de dinheiro para pagarem os estudos dos filhos, sobretudo para os que ingressam na universidade.
Alguns afirmaram mesmo não terem, na maior parte das vezes, condições financeiras para a compra de uma urna para enterrar um ente-querido e evocaram as precárias condições de habitabilidade e falta de assistência médica e medicamentosa. O Chefe de Estado não apontou soluções imediatas para as várias preocupações apresentadas, mas garantiu tudo fazer para se inverter o quadro.
Ontem, último dia da sua estada em Lusaka, o Chefe de Estado visitou a fábrica “Universal”, de produção de aço, na localidade de Kafue, arredores da capital zambiana. A fábrica, com capacidade de 250 mil toneladas por ano, produz diverso material destinado à construção de casas, pontes metálicas e demais estruturas. A fábrica exporta para todos os países da SADC, incluindo Angola.
O Presidente da República, acompanhado pela Primeirada dama, Ana Dias Lourenço, deixou no final da manhã de ontem a capital zambiana, com destino a Windhoek (Namíbia). A delegação presidencial integra membros do Executivo e altos funcionários do Gabinete do Presidente da República.