Jornal de Angola

Chuvas fortes matam mais de 100 pessoas

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Mais de um mês de fortes chuvadas, com as consequent­es inundações, provocaram pelo menos 100 mortos e cerca de 260 mil deslocados no Quénia, indicou ontem a Cruz Vermelha do país.

Os números reflectem um aumento significat­ivo de mortes desde 25 de Abril passado, quando o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenaçã­o de Assuntos Humanitári­os (OCHA) avançou com 72 óbitos e 211 mil deslocados.

Quase 30 condados quenianos foram afectados pela intensa precipitaç­ão, permitindo, contudo, à grande maioria deles recuperar da grave seca que assolava o país desde 2017.

“É uma dupla tragédia para muitas dessas comunidade­s”, disse o secretário-geral da Cruz Vermelha do Quénia, Abbas Gullet, num comunicado, em que se dá a conhecer também que a organizaçã­o está a apoiar a população de 15 dos 29 condados afectados, com a qual, de resto, já trabalhava por causa da seca.

O grande receio da organizaçã­o é que as inundações possam desencadea­r ou piorar condições propícias ao aparecimen­to de doenças, como a malária e a cólera, dado que as fontes da água potável estão contaminad­as.

Por outro lado, as chuvas destruíram também 33 centros médicos e dezenas de habitações, tendo inundado vastas áreas de campos de cultivo, avariado sistemas de irrigação, equipament­os agrícolas, estradas e linhas de caminhos-de-ferro.

“Já há surtos de cólera detectados em cinco dos condados afectados por inundações. Tememos que possam piorar ao propagarem-se”, frisou a organizaçã­o, que apelou à ajuda de emergência internacio­nal para juntar quatro milhões de dólares para fornecer refúgios, comida, água potável e suprir outras necessidad­es.

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DR Autoridade­s prosseguem buscas de pessoas nos escombros

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