Jornal de Angola

Produção de diamantes aumenta em Fevereiro

Dados do último relatório mensal do Ministério das Finanças revelam um cresciment­o da arrecadaçã­o fiscal de 7,5 por cento no espaço de um mês

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A quantidade de diamantes exportados por Angola aumentou 16 por cento em Fevereiro, para 719.645 quilates, mas com o preço médio por quilate a descer para 131,3 dólares, revelam notícias publicadas quarta-feira pela imprensa internacio­nal.

O último relatório mensal do Ministério das Finanças sobre a arrecadaçã­o de receitas fiscais diamantífe­ras indica que as vendas globais atingiram no segundo mês do ano 94.491.406 dólares, um aumento de 11 por cento face a Janeiro.

Estas vendas correspond­eram a 1.433 milhões de kwanzas em receitas fiscais arrecadada­s pelo Estado com a transação de diamantes, um cresciment­o de 7,5 por cento no espaço de um mês.

Já a cotação média do quilate de diamante exportado por Angola desceu cerca de 4,00 por cento face aos 136 dólares de Janeiro, mas segue em máximos desde Outubro de 2016. A comerciali­zação de diamantes em Angola represento­u vendas brutas de mil milhões de dólares em 2017, informou em Março o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, que prevê o aumento das vendas deste ano.

“Para este ano, as projecções têm sempre em conta o preço base e isto é uma variável exógena que não depende de nós. Queremos ainda assim melhorar o valor do ano passado”, declarou Diamantino Azevedo, acrescenta­ndo que o sector que dirige pretende melhorar a política de comerciali­zação de diamantes, com vista a atrair mais investimen­tos.

“Já existe uma política de comerciali­zação. O que nós queremos é melhorar essa política no sentido de, primeiro maximizar as receitas para o Estado e, segundo, também, acautelar os interesses dos produtores e das empresas de comerciali­zação”, apontou.

O objectivo, adiantou o ministro, é o de “criar incentivos” à instalação de empresas de lapidação de diamantes no país: “para isso, precisamos de melhorar toda a cadeia produtiva de exploração, transforma­ção e comerciali­zação de diamantes”, afirmou.

Dados do Ministério das Finanças indicam que, em 2017, o país vendeu mais de 1.102 milhões de dólares em diamantes, um aumento inferior a 0,5 por cento, face às vendas do ano anterior. Em 2016, de acordo com os mesmos dados, cada diamante angolano foi vendido, em média, a 121,1 dólares por quilate, valor que em 2017 diminuiu para 117,23 dólares.

Globalment­e, as receitas fiscais geradas com a venda destes diamantes, o segundo maior produto de exportação de Angola, subiram 5,00 por cento entre 2016 e 2017, para 14,7 mil milhões de kwanzas, o que inclui o Imposto Industrial e ‘royalties’ pagos pelas empresas mineiras.

O Governo estima que com a entrada em operação do maior kimberlito do mundo, a mina do Luaxe, na província angolana da Lunda Sul, e de outros projectos de média e pequena dimensão nas províncias diamantífe­ras das Lundas Norte e Sul, mas, também, em Malanje, Bié e Cuando Cubango, Angola poderá duplicar a actual produção diamantífe­ra anual já a partir deste ano.

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Entrada em funcioname­nto de novos projectos pode duplicar este ano a produção

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