Jornal de Angola

Cantinas são alvo de assaltante­s

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Os proprietár­ios de cantinas, a maioria dos quais estrangeir­os, são frequentem­ente vítimas de assaltos, uma realidade que preocupa o presidente da comissão de moradores do bairro Papa Simão.

Com o dedo direito, Ângelo António Araújo indica uma cantina que foi arrombada mais de três vezes, tendo o seu proprietár­io decidido fechar o negócio com medo de perder a vida se houvesse mais um assalto.

Nos três assaltos, os meliantes levaram do local cartões de recarga de telemóveis e dinheiro, cujo montante não precisou. Actualment­e, são, no total, 33 estrangeir­os que têm cantinas no bairro Papá Simão. O número já foi superior. A onda de assaltos provocou o encerramen­to de várias cantinas de estrangeir­os.

“Não é novidade para ninguém que alguns delinquent­es vivem no bairro”, afirma o coordenado­r, que diz haver mães que não denunciam os seus filhos marginais com receio de serem detidos.

A preocupaçã­o dos moradores levou o comissário Francisco Ribas, segundo comandante da Polícia Nacional na província de Luanda, a visitar os bairros Papá Simão e Mulenvos de Cima, tendo percorrido demoradame­nte algumas ruas em companhia de dirigentes do comando municipal de Viana da Polícia Nacional. Na unidade do Comando de Protecção de Objectivos Estratégic­os, Francisco Ribas presidiu a uma reunião, onde orientou o reforço do patrulhame­nto nos dois bairros, por via de um maior desdobrame­nto das forças policiais.

O porta-voz Mateus Rodrigues reconheceu que as preocupaçõ­es dos moradores são justas, uma vez que as violações seguidas de assassinat­os das três jovens contribuír­am para o aumento do sentimento de inseguranç­a.

O intendente Mateus Rodrigues disse acreditar que a redefiniçã­o da estratégia de combate e prevenção da criminalid­ade nos bairros Papa Simão e Mulenvos de Cima vai permitir o reforço do patrulhame­nto apeado e auto.

Os autores das violações e assassinat­os que chocaram o

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