Manuel Ventura expõe na galeria Camões
As recentes criações de gravura do pintor estão expostas numa mostra de arte patente no Camões
Preservar os conselhos dos mais velhos e salvaguardar a tradição dos antepassados é a mensagem transmitida pelo artista plástico Manuel Ventura, na sua primeira exposição individual intitulada “Kuku Transcendência e Metamorfose”.
A exposição inaugurada quinta-feira e que fica patente até ao dia 24, no Camões Centro Cultural Português, em Luanda, narra a importância que um mais velho tem na nossa cultura, procurando criar equilíbrio no seio da comunidade.
Segundo o artista Manuel Ventura, nesta primeira exposição individual que reúne um conjunto de 27 obras de arte inéditas, onde usou a técnica de xilografia e xinografia sobre papel, revisita a tradição oral ancestral angolana, narrando, através da sua arte, histórias, mitos, lendas e símbolos da cultura Cokwe.
“Os bantus crêem na existência de dois mundos, o visível e o invisível, cujo relacionamento e contacto se efectiva através de rituais Kuku, que na língua Cokwe significa pessoa muito idosa ou antiga, viva ou defunta”, disse o artista.
O professor de História de Arte Filipe Vidal disse que na componente estética criativa, Manuel Ventura mostra uma técnica aprimorada, diversidade pluricromática e com tratamento da linha, menos comprometida com a exactidão matemática. Manuel Ventura nasceu em Luanda. Estudou na Escola Nacional de Artes Plásticas, entre 2000 e 2003. Fez formação básica de Linografia e Xilografia na Oficina de gravura da União Nacional dos Artistas Plásticos (UNAP) de 2000 a 2001.
Concluiu o curso de Antropologia Cultural na faculdade de Ciências Sociais da Universidade Agostinho Neto entre 2005 e 2009.
Trabalhou, durante quatro anos, com o professor e gravurista cubano Luís Guillermo Varela Santisteban com quem aprendeu várias técnicas de gravação. É membro efectivo da União Nacional dos Artistas Plásticos (UNAP) e estudante do Atelier Transumancia-Gonga, desde 2004. Conquistou o 1° Prémio ENSA-ARTE 2018, em gravura.
Nesta exposição individual, Manuel Ventura revisita a tradição oral ancestral angolana, contando através da gravura, histórias, mitos , lendas e símbolos da cultura Cokwe