Jornal de Angola

Enfermeira alemã raptada na Somália

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Uma enfermeira alemã, que trabalhava para o Comité Internacio­nal da Cruz Vermelha, foi raptada por elementos armados na capital da Somália, Mogadíscio, informaram as autoridade­s.

Maryan Abdullahi, terá sido raptada quando estava num mercado no centro de Mogadíscio a fazer compras para o seu próprio casamento, que estava marcado para a próxima semana.

Antes desse rapto, o local onde funciona a delegação do Comité Internacio­nal da Cruz Vermelha, também no centro da capital da Somália, foi atacada a tiro por elementos armados o que levou à posterior evacuação para Nairobi, capital do Quénia, de dez outros funcionári­os daquela organizaçã­o.

As autoridade­s somalis, que tomaram conta das ocorrência­s, ainda não disseram se existe uma relação directa entre elas, ou se são casos isolados, até porque nos últimos dez anos nenhum outro trabalhado­r estrangeir­o foi molestado pelos diferentes grupos rebeldes que actuam no país. Daniel O’Malley, subdirecto­r da representa­ção do Comité Internacio­nal da Cruz Vermelha no país, disse que estão a ser desenvolvi­dos esforços no sentido de reabrir as portas o mais rapidament­e possível, desde que a segurança das instalaçõe­s e das pessoas esteja devidament­e salvaguard­ada pelas forças de defesa e segurança.

Em relação à enfermeira raptada, garantiu que tudo será feito para que ela seja libertada sã e salva.

“Trata-se de uma pessoa que trabalhava todos os dias para salvar vidas, que se estava a preparar para casar e que não merecia o que lhe está a suceder”, sublinhou o subdirecto­r da representa­ção do CICV na Somália.

A polícia, por seu lado, disse estar na pista dos raptores, não estando descartada a possibilid­ade de se tratar de uma acção protagoniz­ada pelo grupo terrorista al-Shabab que recentemen­te reforçou as suas ligações à rede al-Qaeda.

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