Presidente de Portugal expressa pesar a Filipe Nyusi
O Chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou quinta-feira a morte do líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Afonso Dhlakama, pela qual expressou o seu pesar ao Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi. Numa curta nota, de dois parágrafos, publicada no portal da Presidência da República, citada pela Lusa, Marcelo Rebelo de Sousa “lamenta a morte de Afonso Dhlakama” e “apresenta as suas condolências à família” do presidente da Renamo, referindo que “anos atrás” os dois se encontraram em Moçambique.
“Em mensagem enviada ao Presidente Nyusi, o Chefe de Estado expressou o seu pesar pelo falecimento do líder da Renamo, partido com assento na Assembleia da República de Moçambique, e interlocutor privilegiado nos caminhos do diálogo, da paz e da concórdia neste nosso país irmão”, lêse na mesma nota.
Paz sem retrocesso
O investigador português Fernando Jorge Cardoso afastou um retrocesso nas negociações de paz em Moçambique após a morte do líder da oposição, mas considerou que a morte de Afonso Dhlakama é “um revés” para a Renamo, sem sucessor natural.
“O processo que Afonso Dhlakama iniciou com o actual Presidente de Moçambique e da Frelimo, Filipe Nyusi, está suficientemente consolidado para que o machado de guerra seja enterrado de vez”, considerou quinta-feira o especialista em estudos africanos do Centro de Estudos Internacionais do ISCTE-IUL, coordenador de estudos estratégicos da organização não-governamental Instituto Marquês de Valle Flôr e director-executivo do Clube de Lisboa.
O professor recordou que “está tudo acertado para a integração definitiva dos últimos homens de Dhlakama em serviços públicos e nas forças de defesa e de segurança, e a modificação das leis eleitorais também está acordada”.