CARTAS DOS LEITORES
Muito calor
Ultimamente a temperatura está muito alta, sendo esta uma das razões que me leva a escrever para lançar um repto ao INAMET no sentido de explicar as razões das altas temperaturas. Não sei se tudo se deve ao facto da estação de calor estar a dar os seus últimos sinais ou se tem muito a ver com a véspera da estação a seguir ao calor. Em todo o caso, vale dizer que as temperaturas estão muito altas nestes últimos dias e como sucede noutras sociedades as instituições que monitoram dados sobre meteorologia deviam ver-se obrigadas a prestar tais informações.
Era bom que o INAMET divulgasse regularmente informações sobre as alterações bruscas da temperatura, para cima ou para baixo, para que as famílias estejam de sobreaviso. Para terminar, gostaria insistir que o INAMET deve adoptar a estratégia de comunicação regular sobre as alterações climáticas e atmosféricas. Devia e podia ser um acto normal, como de resto já sucede em muitas circunstâncias.
Segurança no banho
Escrevo pela primeira vez para o Jornal de Angola para abordar o problema de segurança nas praias e rios, que parecem minimizadas quando as pessoas se fazem às águas para banhar. Aliás, há dias nas páginas deste jornal vi imagens que mostravam adolescentes a mergulharem no rio Kwanza diante de uma placa em que constava a seguinte inscrição “proibido banhar neste local”.
Além deste episódio, é frequente encontrarmos pessoas a mergulharem em zonas proibidas de praias, rios e lagoas, devidamente assinaladas, uma atitude que revela o quanto as pessoas desprezam informações vitais sobre a segurança nas praias e rios. É preciso continuar a sensibilizar as pessoas, eventualmente levar às escolas e de casa em casa campanhas de educação virada para as questões de segurança, nas zonas costeiras e ribeirinhas. Embora não tenhamos números exactos relativos aos afogamentos, não tenho dúvidas de que a taxa é preocupante na medida em que FREDERICO SANGUEVE Caála
Oriente em chama
Sou estudante de Relações Internacionais e escrevo pela primeira vez para falar um bocado sobre a situação no médio oriente, particularmente envolvendo Israel e o Irão. Segundo relatos dos meios de comunicação, o médio oriente está a encaminhar-se para uma fase menos boa no que a instabilidade diz respeito. O Estado de Israel e a República Islâmica do Irão estão a caminhar, muito rapidamente, para um estado de guerra aberta. Depois das intervenções israelitas na Síria, onde os iranianos estão presentes para apoiar o Governo do Presidente Bashar Al Assad, encarados pelos israelitas como uma ameaça à soberania, as coisas tendem a piorar sobretudo numa altura em que se aproxima do pronunciamento americano quanto ao acordo nuclear. Como se sabe, dia 12 o Presidente americano vai anunciar o que mundialmente começa a ser já encarado como a recusa de certificação do cumprimento do acordo por parte do Irão, atitude que vai significar a retirada unilateral dos Estados Unidos do referido compromisso. Uma eventual retirada americana do acordo, que muito interessa a Israel, vai levar ao Irão a retirar-se igualmente e, como prometem, voltar a enriquecer urânio a níveis altos, próximos da capacidade para utilização para fins militares. O cenário que se segue vai, seguramente, levar a um estado de tensão que, se não for devidamente gerido por todas as partes envolvidas, resvalar para a situação de guerra.
E parece claramente que é isso que os israelitas pretendem, arrastar indirectamente os Estados Unidos para fazer guerra contra o Irão em nome e interesse de Israel. Ontem foi por causa do Iraque, hoje vai ser o Irão e amanhã que país vai passar a “ser a pedra no sapato de Israel” para, mais uma vez, os Estados Unidos entrarem em cena ???