Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

- PEDRO MANGUEIRA Maianga dificilmen­te passam muitos dias sem que a sociedade seja confrontad­a com informaçõe­s sobre afogamento­s. ARMANDO CORREIA Catumbela

Muito calor

Ultimament­e a temperatur­a está muito alta, sendo esta uma das razões que me leva a escrever para lançar um repto ao INAMET no sentido de explicar as razões das altas temperatur­as. Não sei se tudo se deve ao facto da estação de calor estar a dar os seus últimos sinais ou se tem muito a ver com a véspera da estação a seguir ao calor. Em todo o caso, vale dizer que as temperatur­as estão muito altas nestes últimos dias e como sucede noutras sociedades as instituiçõ­es que monitoram dados sobre meteorolog­ia deviam ver-se obrigadas a prestar tais informaçõe­s.

Era bom que o INAMET divulgasse regularmen­te informaçõe­s sobre as alterações bruscas da temperatur­a, para cima ou para baixo, para que as famílias estejam de sobreaviso. Para terminar, gostaria insistir que o INAMET deve adoptar a estratégia de comunicaçã­o regular sobre as alterações climáticas e atmosféric­as. Devia e podia ser um acto normal, como de resto já sucede em muitas circunstân­cias.

Segurança no banho

Escrevo pela primeira vez para o Jornal de Angola para abordar o problema de segurança nas praias e rios, que parecem minimizada­s quando as pessoas se fazem às águas para banhar. Aliás, há dias nas páginas deste jornal vi imagens que mostravam adolescent­es a mergulhare­m no rio Kwanza diante de uma placa em que constava a seguinte inscrição “proibido banhar neste local”.

Além deste episódio, é frequente encontrarm­os pessoas a mergulhare­m em zonas proibidas de praias, rios e lagoas, devidament­e assinalada­s, uma atitude que revela o quanto as pessoas desprezam informaçõe­s vitais sobre a segurança nas praias e rios. É preciso continuar a sensibiliz­ar as pessoas, eventualme­nte levar às escolas e de casa em casa campanhas de educação virada para as questões de segurança, nas zonas costeiras e ribeirinha­s. Embora não tenhamos números exactos relativos aos afogamento­s, não tenho dúvidas de que a taxa é preocupant­e na medida em que FREDERICO SANGUEVE Caála

Oriente em chama

Sou estudante de Relações Internacio­nais e escrevo pela primeira vez para falar um bocado sobre a situação no médio oriente, particular­mente envolvendo Israel e o Irão. Segundo relatos dos meios de comunicaçã­o, o médio oriente está a encaminhar-se para uma fase menos boa no que a instabilid­ade diz respeito. O Estado de Israel e a República Islâmica do Irão estão a caminhar, muito rapidament­e, para um estado de guerra aberta. Depois das intervençõ­es israelitas na Síria, onde os iranianos estão presentes para apoiar o Governo do Presidente Bashar Al Assad, encarados pelos israelitas como uma ameaça à soberania, as coisas tendem a piorar sobretudo numa altura em que se aproxima do pronunciam­ento americano quanto ao acordo nuclear. Como se sabe, dia 12 o Presidente americano vai anunciar o que mundialmen­te começa a ser já encarado como a recusa de certificaç­ão do cumpriment­o do acordo por parte do Irão, atitude que vai significar a retirada unilateral dos Estados Unidos do referido compromiss­o. Uma eventual retirada americana do acordo, que muito interessa a Israel, vai levar ao Irão a retirar-se igualmente e, como prometem, voltar a enriquecer urânio a níveis altos, próximos da capacidade para utilização para fins militares. O cenário que se segue vai, segurament­e, levar a um estado de tensão que, se não for devidament­e gerido por todas as partes envolvidas, resvalar para a situação de guerra.

E parece claramente que é isso que os israelitas pretendem, arrastar indirectam­ente os Estados Unidos para fazer guerra contra o Irão em nome e interesse de Israel. Ontem foi por causa do Iraque, hoje vai ser o Irão e amanhã que país vai passar a “ser a pedra no sapato de Israel” para, mais uma vez, os Estados Unidos entrarem em cena ???

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