Nove mil inquilinos das centralidades devem rendas ao Fundo Habitacional
Cerca de 50 por cento dos inquilinos das centralidades do Kilamba e do Sequele, em Luanda, não paga as rendas mensais devidas ao Estado, denunciou ontem o presidente da Comissão Executiva do Fundo de Fomento Habitacional, Hermenegildo Gaspar. De acordo com o responsável, o Fundo de Fomento Habitacional controla nas duas centralidades nove mil apartamentos, arrendados maioritariamente a funcionários públicos
O novo presidente da Comissão Executiva do Fundo de Fomento Habitacional (FFH) declarou ontem, em Luanda, no acto de posse, que 50 por cento dos inquilinos das habitações do Estado não pagam, anunciando um mecanismo de retenção de rendimentos nos bancos, para obrigar os incumpridores a observarem os contratos.
Hermenegildo Gaspar apontou nove mil apartamentos das centralidades do Kilamba e Sequele, em Luanda, entregues a funcionários públicos, metade dos quais não paga a renda resolúvel apesar dos descontos feitos pelo Estado.
O responsável declarou que, para reduzir o elevado número de pagamentos em falta, o Fundo vai trabalhar com os bancos, obrigando-os a fazer as retenções das prestações dos inquilinos em falta.
HermenegildoGasparanunciou que o grupo Horizonte Kora Angola, contratado para a construção de habitações para o Estado, está entregar habitações nas províncias do Huambo e Bié, num processo que se prevê que venha a acelerar este ano.
O FFH é uma entidade encarregue de zelar pela execução da política habitacional do Estado, tendo uma comissão executiva que faz a gestão corrente e tem um conselho estratégico formado pelos ministros das Finanças e do Ordenamento do Território e Habitação, bem como pelo Governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Archer Mangueira, Ana Paula de Carvalho e José de Lima Massano.
O novo Conselho de Administração do Fundo propõe, como principais estratégias, melhorar o processo de pagamento das prestações pelos inquilinos pela via do aperfeiçoamento dos sistemas informáticos de controlo e inteirar-se da situação daqueles serviços, as acções imediatas e as preocupações dos inquilinos.
Além de Hermenegildo Gaspar, foram empossados Adilson Silva e Rafael Lopes, como vogais, Osvaldo Macaia e Hernani Sanata como vogais do conselho fiscal da Comissão de Mercado de Capitais (CMC) e outros responsáveis do Ministério das Finanças.