Timor-Leste elege hoje o novo Governo
Os timorenses vão hoje às urnas para eleger os deputados, em eleições legislativas antecipadas, para superar a crise surgida após a votação do ano passado, em que os partidos não conseguiram maioria para formar Governo.
Quatro coligações de partidos concorrem para o Parlamento de 65 lugares, segundo as autoridades.
A campanha eleitoral em Timor decorreu de forma “pacífica”, com grandes multidões nos comícios e acções de campanha dos partidos. Apesar da “retórica mais calorosa” das declarações políticas, não foram apresentadas queixas sérias junto dos órgãos eleitorais, segundo observadores internacionais das eleições legislativa em Timor-Leste.
A avaliação foi feita num relatório produzido pela equipa de observadores das organizações norte-americanas International Republican Institute (IRI) e USAID que estão a acompanhar as eleições legislativas antecipadas em Timor-Leste.
Os observadores internacionais destacaram o profissionalismo das equipas dos órgãos eleitorais, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) e o Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE).
As urnas abrem hoje às 7h 00 (23h00 de ontem em Angola) e encerram às 15h00, devendo os primeiros resultados demorar várias horas a serem conhecidos.
O Presidente timorense anunciou em Janeiro a dissolução do Parlamento Nacional e a convocatória de eleições antecipadas como solução para resolver o impasse político em Timor-Leste.
Francisco Guterres LuOlo anunciou a sua decisão no palácio presidencial em Díli, numa declaração transmitida em directo pelas televisões de Timor-Leste e acompanhada no local por representantes do corpo diplomático e vários dirigentes timorenses.
Na ocasião, dirigentes políticos timorenses saudaram a decisão do Presidente da República de dissolver o Parlamento Nacional e convocar eleições antecipadas, considerando que era crucial não adiar mais a resolução do impasse político em Timor-Leste. O Governo da Coreia do Sul elogiou ontem a escolha de Singapura como sede da cimeira entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos e expressou confiança que a reunião seja “um sucesso” para a desnuclearização e a paz na península coreana.
Seul reagiu desta forma ao esperado anúncio feito quinta-feira pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, de que o pequeno país asiático foi escolhido para organizar a cimeira do próximo dia 12 de Junho, após semanas de especulações sobre o local para o histórico encontro.
As autoridades da Coreia do Sul manifestaram a sua “alegria” por este anúncio e expressaram esperança de que o encontro permita “a desnuclearização e o estabelecimento da paz permanente” na península, segundo um porta-voz do Governo.
Este será o primeiro encontro entre um presidente dos EUA e um líder da Coreia do Norte. “O muito aguardado encontro entre Kim Jong-un e eu irá ocorrer em Singapura em 12 de Junho. Nós dois iremos tentar tornálo um momento muito especial para a paz mundial”, escreveu Trump no Twitter.
Local neutro
Singapura já recebeu em outras ocasiões reuniões diplomáticas de alto nível. Em 2015, os Presidentes da China e de Taiwan realizaram conversações históricas na cidade-estado do Sudeste Asiático - a primeira delas em mais de 60 anos de distanciamento.
Os EUA e Singapura têm um bom relacionamento. O país asiático tem laços diplomáticos com a Coreia do Norte, mas suspendeu todo o comércio com este último em Novembro do ano passado, quando as sanções internacionais foram endurecidas.
A Coreia do Norte mantém uma embaixada e um embaixador em Singapura. O embaixador de Singapura na China também é responsável por Pyongyang.
Trump e Kim devem discutir o desenvolvimento de armas nucleares da Coreia do Norte e o programa de testes de mísseis balísticos, que durante muitos anos aprofundou as tensões entre Washington e Pyongyang.
A zona desmilitarizada entre as Coreias chegou a ser cogitada para o encontro - na Casa da Paz, um edifício construído em 1989 na fronteira entre as duas Coreias e onde Kim Jong-un e o Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, realizaram a histórica cimeira.
No encontro, no final de Abril, Kim e Moon concordaram em substituir ainda este ano o armistício que definiu a trégua na guerra entre as Coreias por um “regime de paz sólido e permanente.” A guerra entre as Coreias terminou em 1953 com um armistício nunca substituído por um tratado de paz definitivo.
Vários países, como a Tailândia e a Mongólia, tinhamse oferecido até agora para acolher a cimeira.
Boa vontade de Pyongyang
O anúncio é feito depois de Pyongyang libertar três cidadãos norte-americanos que estavam detidos na Coreia do Norte. Os três homens, ex-prisioneiros, são Kim Hak-song, Tony Kim e Kim Dong-chu.
Eles estavam presos acusados de espionagem, bem como de e actos hostis e condenados a trabalhos forçados. Os três foram recebidos quinta-feira, na Casa Branca por Donald Trump.
A libertação foi noticiada pela imprensa norte-americana como uma vitória da diplomacia da Administração de Trump. A entrega dos presos também foi vista como um gesto de boa vontade de Kim Jong-un.
Ao recebê-los de volta, Trump disse acreditar que Kim quer levar a Coreia do Norte “para o mundo real” e que tem esperança num grande avanço na reunião. “Acho que temos uma chance muito boa de fazer algo muito significativo”, disse. “A conquista de que mais me orgulharei será isto é uma parte - quando desnuclearizarmos a península inteira”, afirmou.
A data do encontro entre Trump e Kim foi anunciada na mesma semana em que o líder norte-coreano se reuniu, pela segunda vez, com o Presidente da China, Xi Jinping, em solo chinês.
Trump conversou com o líder chinês, por telefone, logo após a reunião. Nas últimas semanas, Trump tem elogiado os esforços da China no diálogo com a Coreia do Norte.
Cimeira vai durar um dia
A Casa Branca anunciou que prevê que a cimeira entre Donald Trump e o líder da Coreia do Norte, Kim Jongun, deve durar apenas um dia e acrescentou que o Governo norte-americano não planeia impor “condições prévias” para a mesma, mas sim conseguir “avanços materiais” para a desnuclearização de Pyongyang.
“Esperamos que (a cimeira) dure apenas um dia”, disse a directora de negociações internacionais no Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Victoria Coates, em declarações aos jornalistas na residência presidencial.