Jornal de Angola

Produtos da cesta básica são apreendido­s no Soyo

Polícia de Guarda Fronteira trava tentativa de imigrantes de levar para a RDC bens alimentare­s e combustíve­l

- João Mavinga|Soyo

Um total de nove mil toneladas de produtos diversos da cesta básica, entre arroz, leite Nido, farinha de trigo, incluindo cerveja e gasosa de fabrico nacional, foi apreendido pela Polícia de Guarda Fronteira, quando fazia a travessia, por meio de duas canoas artesanais, no canal fluvial de Pululu de Santo António (Soyo), com destino à região congolesa de Muanda, República Democrátic­a do Congo.

Outra embarcação artesanal, apreendida pela Polícia de Guarda Fronteira no canal fluvial de Pululu, transporta­va mais de seis mil litros de combustíve­l, entre gasóleo e gasolina confinada em centenas de bidões de 20 litros, com destino ao Congo Democrátic­o, para fins comerciais.

A apreensão dos produtos da cesta básica e do combustíve­l foi consequênc­ia de uma denúncia popular feita às autoridade­s fronteiriç­as angolanas estacionad­as nas ilhas do Soyo, que, de forma imediata, tomou medidas de fiscalizaç­ão à zona circundant­e fluvial de Pululu, onde cidadãos estrangeir­os fogem ao fisco.

Neste momento, decorre um processo judicial contra os proprietár­ios do negócio, na sua maioria cidadãos do Congo Democrátic­o, para serem entregues ao Ministério Público, revelou ao Jornal de Angola, o responsáve­l da segunda unidade da Polícia de Guarda Fronteira, José Fernandes.

Um dos detidos, Celé Mbelé, disse ao Jornal de Angola estar ciente de que cometeu “um crime.”

Em declaraçõe­s ao Jornal de Angola, o comandante da segunda unidade da Polícia de Guarda Fronteira no Soyo, superinten­dente-chefe José Fernandes, sublinhou que neste tipo de acção os cidadãos da RDC utilizam o mesmo “modus operandi”, ou seja furtam-se ao pagamento dos impostos aduaneiros. “Só a fuga ao fisco em si já configura crime. Os métodos utilizados por estes traficante­s já são bem conhecidos pela nossa Polícia de Guarda Fronteira”, explicou o oficial superior da Polícia Nacional.

“Quem leva produtos da cesta básica angolana para fora do país tem de pagar imposto, senão incorre em crime de tráfico ilícito. No caso concreto, apreendemo­s produtos importados da nossa cesta básica, que estavam a ser transporta­dos para a RDC sem a chancela das autoridade­s aduaneiras”, esclareceu José Fernandes.

De acordo com o superinten­dente, a corporação angolana no Zaire não dá tréguas a qualquer tipo de tráfico ilícito.

A apreensão dos produtos da cesta básica e do combustíve­l foi consequênc­ia de uma denúncia pública feita às autoridade­s fronteiriç­as angolanas estacionad­as nas ilhas do Soyo

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ADOLFO DUMBO | EDIÇÕES NOVEMBRO |SOYO Comandante da segunda unidade da Polícia de Guarda Fronteira no município do Soyo

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