Luso-afro-brasileiros no festival em Luanda
A relação entre literatura e desenvolvimento bem como tecnologia e criação literária são alguns dos temas do Festlab
A segunda edição do Festival Literário Luso-afro-brasileiro (Festlab) começa terça-feira, às 17h00, no Centro Cultural Brasil-Angola (CCBA), na Baixa de Luanda.
A cerimónia de abertura vai ser marcada com discursos da ministra da Cultura, Carolina Cerqueira, e do embaixador da República Federativa do Brasil, Paulino Neto.
O ministro cabo-verdiano da Cultura e das Artes, Abraão Vicente, é um dos convidados, além de outros 16 escritores, entre angolanos, santomenses, moçambicanos, brasileiros e portugueses.
O Festlab realiza-se em alusão ao 5 de Maio, Dia Internacional da Língua Portuguesa. Nesta edição, a curadoria é do escritor José Luís Mendonça e da directora do CCBA, Nidia Klein.
Na terça-feira, vão ser debatidos os temas “As problemáticas do acesso ao livro – estantes materiais e virtuais”, “O mercado livreiro”, “Taxação do livro importado”, “Alternativas de edição e publicação populares (livro de cordel e fanzines)” e “Tradição oral e contador de histórias para o despertar para a leitura”, com os escritores António Fonseca, Domingas Monte e Mirna Queiroz (Brasil), com moderação do professor universitário Pedro Janja.
Na quarta-feira, a actividade tem início às 10h00, tendo como painel de debate a “Literatura infantil”.
A directora do CamõesCentro Cultural Português, Teresa Mateus, vai moderar, enquanto os escritores Hélder Simbad e os brasileiros Marta Costa e Felipe Fortuna vão fazer parte do debate, cujos temas são: “Equívocos derivados da iliteracia literária”, “Literatura ou notícia moralista?”, “O fascínio da ilustração: técnicas, tendências, equilíbrio entre texto e imagem e convergência etária” e “Literatura infanto-juvenil: um género esquecido?”.
Ainda na quarta-feira, já no período da tarde, o painel será “O livro como ferramenta dialógica inter-geracional”, com os escritores José Luís Mendonça, Lopito Feijoó e o brasileiro Josélia Aguiar, sendo moderadora a embaixatriz do Brasil, Vera Franco de Carvalho. Neste painel, os participantes vão debater também “A função central da leitura como pressuposto da criação literária”, “O acervo bibliográfico mundial como voz viva dos seus autores” e “Dilemas culturais da criação: os jovens e as minorias”.
“Livro e tecnologia” é o painel para o terceiro dia do Festlab, cujos temas são: “Criação de uma rede de agentes culturais e recursos electrónicos literários na CPLP”, “A tecnologia como aliada aos meios tradicionais de criação literária contemporânea – impactos e adaptações” e “Difusão literária – novas perspectivas – rádio, gadgets, aplicativos, áudio-livros”, moderação de Nidia Klein, diretora do CCBA, e participam os escritores moçambicano Mbate Pedro, santomense Orlando Piedade e o brasileiro Felipe Fortuna.
No último dia, “Literatura e aproximação dos povos” é a designação do painel, para abordagem dos temas “Interdependência entre literatura e desenvolvimento social. Existe?”, “O que nos une e o que nos separa enquanto literatura em língua portuguesa”, e “O papel da literatura e do escritor na construção de um diálogo transversal entre os povos falantes do português”, sendo moderador José Luís Mendonça, com a participação dos escritores Flávia Amparo (Brasil), Maria João Cantinho (Portugal), Abraão Vicente (Cabo Verde) e Ondjaki.
O painel “O livro como ferramenta dialógica intergeracional”, com os escritores José Luís Mendonça, Lopito Feijoó e o brasileiro Josélia Aguiar, vai ser moderado pela embaixatriz do Brasil, Vera Franco de Carvalho