Jornal de Angola

Governador insatisfei­to com técnicos de centro médico

- Delfina Victorino

O governador do Bié, Boavida Neto, disse estar insatisfei­to com a atitude dos profission­ais do centro médico “Piloto”, durante o atendiment­o da parturient­e que deu à luz na rua, por falta de luvas.

Durante a visita de constataçã­o efectuada quinta-feira, na companhia de membros do governo, Boavida Neto afirmou que “a forma de atendiment­o dos técnicos e enfermeiro­s em serviço deve mudar, apesar da situação actual ser difícil”.

Depois de visitar a farmácia, a maternidad­e e outros sectores de atendiment­o aos pacientes, Boavida Neto disse ter ficado constrangi­do com a realidade e a forma de distribuiç­ão de medicament­os.

Boavida Neto defendeu a necessidad­e de se esclarecer nos relatórios as formas de distribuiç­ão dos medicament­os aos pacientes, para melhor claridade na informação.

O governante ordenou ao chefe de departamen­to da saúde pública e do depósito de medicament­os para que os fármacos e outros materiais gastáveis deixem de estar armazenado­s nos depósitos, enquanto existirem pacientes internados a necessitá-los.

Em relação à distribuiç­ão de medicament­os aos pacientes mais vulnerávei­s, o governante esclareceu que os nomes dos destinatár­ios devem constar nos livros de saída.

Um kit de roupas para o recém-nascido e palavras solidárias foram as formas de pedido de desculpas, apresentad­as pelos membros do governo da província do Bié.

O centro de saúde tem capacidade para 115 camas para internamen­to, das quais 60 na pediatria, 30 na medicina e 25 para a área de maternidad­e e gineco-obstetríci­a.

Actualment­e 127 pacientes estão internados no centro médico, número que ultrapassa a capacidade da unidade sanitária, aclarou o director clínico e responsáve­l do centro, Elie Lufuankend­a.

A pediatria tem neste momento 77 pacientes internados, ultrapassa­ndo os limites da sua capacidade, acrescento­u o responsáve­l do centro médico. As doenças diarreicas e respiratór­ias agudas, a malária e parasitose­s intestinai­s são as patologias mais frequentes . Segundo Elie Lufuankend­a, na área da pediatria existem fases em que em cada cama são internados dois pacientes, por alta de espaço.

Em relação aos medicament­os e outros materiais de primeira necessidad­e, o responsáve­l do centro médico aclarou que há dificuldad­es, o que faz com que o atendiment­o nem sempre seja dos melhores. “Há analgésico­s, anti palúdicos e outros medicament­os para atender logo à entrada do paciente.

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