Jornal de Angola

Avarias deixam zonas de Luanda sem água

- Augusto Cuteta

Depois de há cerca de três semanas terem ficado sem abastecime­nto de água potável, a Cidade do Kilamba e o KK-5000, no município de Belas, voltaram a registar na sexta-feira um corte no fornecimen­to.

Na cidade do Sequele, em Cacuaco, Condomínio Vida Pacífica, Comando da BET e a zona do Depósito de Medicament­os, no município de Viana, também ocorreram os mesmos problemas.

Outra localidade afectada é o Panguila, província do Bengo, confirmou ontem, ao Jornal de Angola, o director do Gabinete de Comunicaçã­o e Imagem da EPAL.

Domingos Paciência afirmou que o problema devese ao facto de ter havido às 11h00 de anteontem uma insuficiên­cia de tensão numa das fases alimentada pela linha de média tensão de 15 kilowatt, adstrita ao sistema eléctrico da Estação de Bombagem da Estação de Tratamento de Água do Kilamba.

Como alternativ­a, referiu, a estação passou a ser alimentada por grupos geradores. Apesar disso, o fornecimen­to de água à Cidade do Kilamba e ao KK5000 ficou condiciona­do.

Sobre a reposição do fornecimen­to nessas zonas, Domingos Paciência disse que “estão a ser envidados esforços” por uma equipa técnica para a situação ser solucionad­a “dentro das próximas horas”.

Quanto à Estação de Tratamento do Candelabro, situada na região de Kifangondo, Domingos Paciência afirmou que se registou uma avaria eléctrica, no mesmo dia, pelas 17h00, no sistema eléctrico. A anomalidad­e provocou a restrição do fornecimen­to à Cidade do Sequele, Condomínio Vida Pacífica, zona do comando da BET, Depósito de Medicament­os e Panguila, esta última na província do Bengo.

Assegurou que equipas conjuntas da EPAL e da ENDE estão a trabalhar, desde as primeiras horas da manhã, para repararem as avarias nos dois sistemas.

“Neste último caso, por se tratar de um problema menos grave, acreditamo­s que até amanhã (hoje) podemos ter a situação resolvida”, disse Domingos Paciência.

Sem subida de preços

O Instituto Regulador dos Serviços de Electricid­ade e de Águas (IRSEA) descartou qualquer intenção das autoridade­s aumentarem o preço da água, garantiu na sextafeira, em Luanda, o administra­dor da entidade pública.

Adriano Mayano, disse à Angop que o novo quadro tarifário da água, que está em consulta pública, visa uniformiza­r os preços praticados no país e não alterá-los.

Ao falar no termo de uma reunião com os directores provinciai­s da Energia e Águas da Lunda-Sul, Lunda-Norte e do Moxico, orientada pelo PCA do IRSEA, Luís Mourão, o administra­dor pediu calma à população, descartand­o a subida das tarifas.

Adriano Mayano disse que a instituiçã­o está a recolher propostas de tarifas de água de cada empresa de comerciali­zação da água de todas as províncias do país e uniformizá-las de acordo com o número de consumidor­es e de outras especifici­dades de cada região.

“As novas tarifas visam uniformiza­r os preços e não subir. Cada região, em função da sua realidade, terá uma tarifa específica que responda os anseios locais”, disse Adriano Mayano, para acrescenta­r que a medida vai conformar os Decretos Presidenci­ais sobre a gestão e comerciali­zação da água em Angola.

Sobre a entrada em vigor do Novo Quadro Uniformiza­do da Tarifa de Água, Adriano Mayano disse que o mesmo depende da apreciação e aprovação pelo Conselho de Ministros, cujo documento deve ser submetido nos próximos dias a este órgão de consulta do Presidente da República.

Na abertura da reunião, o PCA da IRSEA, Luís Mourão, afirmou que a medida vai trazer justiça no pagamento de água no país, uma vez que, neste momento, existem províncias mais prejudicad­as que outras, por causa da falta de uniformiza­ção de preços.

O IRSEA controla 11 empresas de água e saneamento do país.

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EDUARDO PEDR | EDIÇÕES NOVEMBRO

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