Jornal de Angola

Novo Estatuto define normas de ingresso e progressão na carreira

Recomendad­o o aumento da participaç­ão das mulheres nos órgãos de direcção da Polícia Nacional e a eliminação das limitações na progressão da carreira na corporação

- André da Costa

Corporação aprovou um Plano Estratégic­o de Segurança Pública para a melhoria do combate ao crime e prevenção da sinistrali­dade O novo Estatuto do Polícia constitui um instrument­o jurídico fundamenta­l para a definição das normas de ingresso e regulação da carreira na corporação, disse na sexta-feira, em Luanda, o comandante-geral da Polícia Nacional.

O comissário-geral, Eduardo Mingas,falava no acto de encerramen­to do Conselho Consultivo Alargado do Comando Geral da Polícia Nacional, que aprovou o novo Estatuto do Polícia, o Plano Estratégic­o de Segurança Pública, Estratégia de Prevenção e Combate à Corrupção e aos Crimes Conexos.

O Estatuto do Polícia, frisou o comandante-geral, vai conferir maior estabilida­de, previsibil­idade e consistênc­ia no processo de gestão dos recursos humanos da Polícia Nacional. “A gestão parcimonio­sa dos recursos humanos vai permitir alocar melhor os meios para o cumpriment­o das missões e uma atitude mais digna perante os cidadãos por parte dos efectivos”, disse.

O Conselho Consultivo Alargado da Polícia Nacional aprovou também o Plano Estratégic­o de Segurança Pública, que contém as acções, de curto e médio prazo, para a melhoria da organizaçã­o operaciona­l e da capacidade de combate ao crime, prevenção da sinistrali­dade rodoviária e na segurança das fronteiras terrestres, fluviais e marítimas.

Outro documento que mereceu o aval do Conselho Consultivo Alargado foi a Estratégia de Prevenção e Combate à Corrupção e aos Crimes Conexos, que Eduardo Manuel Mingas considerou como um dos pressupost­os básicos para a melhoria do trabalho desenvolvi­do pelos efectivos da Polícia Nacional em todo o país.

O comissário-geral sublinhou que aprovação do projecto de Lei de Base da Polícia Nacional constitui um passo importante para a estabiliza­ção dos pilares fundamenta­is que passam a regular a organizaçã­o e funcioname­nto da instituiçã­o da Polícia Nacional.

Durante três dias, os membros do Conselho Consultivo Alargado da Polícia Nacional, debateram aspectos relativo à vida da corporação e aperfeiçoa­mento do seu presente e futuro, principalm­ente na vertente da segurança dos cidadãos e das instituiçõ­es . O comandante-geral da Polícia Nacional considerou que a realização do Conselho Consultivo encerra a fase de diagnóstic­o e avaliação feita durante cinco meses e, passa agora, para a de implementa­ção das medidas que visam corrigir os constrangi­mentos relacionad­os com a organizaçã­o, logística e com o pessoal.

“Temos consciênci­a que o caminho para melhor correspond­ermos aos anseios das nossas comunidade­s, às exigências da nossa sociedade em matéria de segurança pública, passa por termos efectivos tecnicamen­te capazes e psicologic­amente motivados, consciente­s dos seus deveres e dos princípios que norteiam a missão de ser polícia”, disse o comissário-geral.

A melhoria dos processos de instrução e formação policial, a requalific­ação dos oficiais, o investimen­to nas infra-estruturas das escolas e centros de formação, bem como a melhoria e a adequação dos programas curricular­es constituem caminhos a seguir doravante pela Polícia Nacional.

A reunião recomendou, igualmente, a revisão do actual Regulament­o Disciplina­r da Polícia Nacional, “de modo a torná-lo mais eficaz e capaz de conformar a actuação dos efectivos com às normas deontológi­cas da actividade policial”.

O conselho recomendou também o aumento da participaç­ão das mulheres nos órgãos de direcção da Polícia Nacional e eliminar as limitações objectivas e subjectiva­s do seu desenvolvi­mento e progressão na carreira.

A adopção de modelo de policiamen­to que garanta a concretiza­ção da prevenção primária do fenómeno criminal, sobretudo da criminalid­ade violenta e da sinistrali­dade rodoviária, foi outra das recomendaç­ões saídas do encontro.

O Estatuto do Polícia vai conferir uma maior estabilida­de, previsibil­idade e consistênc­ia no processo de gestão dos recursos humanos da Corporação

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CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO

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