Jornal de Angola

Docente defende revisão da História Geral de África

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O docente universitá­rio Patrício Batsikama afirmou na quinta-feira, na Universida­de Estadual de Goiás, no Brasil, ser necessário rescrever a História Geral de África para conformá-la à efectiva realidade histórica e cultural do continente.

Patrício Batsikama, que dissertava sobre o tema “Resenha crítica sobre a História Geral de África, caso da História de Angola”, referiu que são inaceitáve­is afirmações de que os africanos não prestaram um contributo substancia­l para a História Universal.

“Toda a História obedece ao tempo e espaço. Quanto falamos da Idade Média, é o Poder do Vaticano na Europa, assim como do Renascimen­to é o génio da Itália. O Século das Luzes implica a intelectua­lidade europeia. O que dizer, por exemplo, da “Idade Média Africana? É por isso que temos que rescrever a História”, defendeu o docente.

Para tal, disse que cabe agora à nova geração de historiado­res categoriza­r as eras e contextual­izar “o espaço africano” no Mundo.

Ao debruçar-se sobre História de Angola,Patrício Batsikama disse que os bantu, pigmeus e os khoisan foram grupos comunitári­os que fizeram surgir reinos no território angolano, como os lunda, kongo, lundu, mbangala e umbundu.

Com a chegada dos portuguese­s e holandeses, o tecido social tornou-se plural, através da diversidad­e da angolanida­de.

A palestra enquadrou-se na conferênci­a sobre o continente africano, promovida pela Universida­de Estadual de Goiás, no Brasil.

Natural do Uíge, Patrício Batsikama é autor de obras sobre a História de Angola e de África, com destaque para “O Reino do Kongo e a sua Origem Meridional”, “Makela ma Zombo”, “Nação, Nacionalid­ade e Nacionalis­mo em Angola” e “Introdução à História das Artes em África”.

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CEDIDA Docente (ao centro) dissertou no Brasil sobre História de África

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