1º de Agosto perde com Mbabane Swallows da eSwatini
1º de Agosto perde na visita a Manzini e fica à beira de ocupar o último lugar nas “férias” do Mundial
Por falta de força no ataque, o 1º de Agosto viu surgir, logo na segunda jornada, a derrota no Grupo D da 22ª edição da Liga dos Clubes Campeões Africanos de futebol, ao ser derrotado, ontem, por 0-1, pelo Mbabene Swallows, na cidade de Manzini.
Sem pólvora nas munições, pela clara ineficácia ofensiva, os militares do Rio Seco regressam a Luanda de mãos vazias, por terem deixado escapar as andorinhas, que fazem do pontapé para frente e fé em Deus uma estratégia eficaz.
Os bicampeões angolanos arriscam-se a passar os próximos dois meses, período de pausa da competição, por força da realização do Mundial da Rússia, na última posição da série, caso o jogo de hoje, às 20h00, no Estádio Olímpico de Sousse, entre o Étoile Sportive du Sahel da Tunísia e o Zesco United da Zâmbia, termine empatado ou com vitória de uma das equipas, por números equilibrados.
A preocupação de povoar o meio campo, com a entrada do defesa central Bonifácio, para o lugar de Fofó, apenas deu maior liberdade a Macaia, melhor entre os pupilos de Zoran Maki, no primeiro tempo.
O desejado equilíbrio no corredor central não saiu do papel, visto ter sido numa descompensação defensiva, à entrada da área de penalidade, que o Swallows marcou, pelo inevitável Felix Badenhorst.
O amargo de boca dos jogadores e equipa técnica
do 1º de Agosto é ainda maior, por terem sido vergados por um adversário bem ao alcance, apesar de jogar em casa. Faltou nervo ao ataque dos “rubros e negros”, que mais uma vez tiveram no ponta de lança Jacques um sinaleiro facilmente superado na disputa da bola.
As estatísticas descrevem, com fidelidade, o desempenho das equipas, numa tarde fria. O registo de sete cantos atesta o quadro de equilíbrio, reforçado pelas tentativas de finalização e remates enquadrados , fixados em 10/2, para a formação de eSwatini, e 9/4, do lado da equipa angolana.
Ataque e desespero
O golo sofrido, à passagem da hora de jogo, deixou o 1º de Agosto assoberbado em contas tendentes a reverter a desvantagem. Maki lançou Fofó, Buá e Guelor, com o claro propósito de forçar a nota no balanço ofensivo, mudança sentida pela presença no terço defensivo do Mbabene Swallows.
Pouco vistoso na primeira parte, Geraldo conseguiu, na etapa complementar, sobretudo no quarto de hora final, fintar as exigências da altitude. O médio inventou caminhos no corredor direito, em três ocasiões, mas lamentou a falta de engodo dos colegas, na finalização dos cruzamentos.
Fofó foi o primeiro a estar perto da igualdade, ao rematar de cabeça para o travessão da baliza à guarda de Sandile Ginindza.
Este segurou a vantagem com uma defesa de recurso, após finalização de Guelor. A falta de força na meia distância
e de eficácia no ataque comprometem as aspirações dos militares.
Até à visita ao Zesco United, a 17 de Julho, na cidade de Ndola, os Agostinos devem apostar na melhoria do ataque, porque o festival de desperdício assinado em casa, diante do Étoile du Sahel, e a apatia ofensiva evidenciada ontem transformam a equipa num adversário vulgar, sem argumentos para chegar aos quartos-de-final, fase da prova reservada aos dois primeiros classificados de cada um dos quatro grupos.