Jornal de Angola

Ordem pede mais vagas para técnicos de enfermagem

- Filipe Eduardo

A Ordem dos Enfermeiro­s de Angola pediu ontem, em Luanda, ao Ministério da Saúde que revela o número de vagas para o próximo concurso público de admissão de novos técnicos por ser irrisório o número de enfermeiro­s a ser contratado­s.

O pedido foi feito pelo bastonário, Paulo Luvualo, que disse não concordar que, entre as cinco mil vagas disponívei­s, apenas 1.300 vão ser ocupadas por técnicos de enfermagem.

“Se a intenção é resolver a questão da carência de profission­ais no sector, o Ministério da Saúde deve rever o número de vagas”, reafirmou o bastonário da Ordem dos Enfermeiro­s de Angola.

Paulo Luvualo disse, por outro lado, ser necessário que os doentes não sejam levados aos hospitais na fase terminal da doença, com o argumento de que o medicament­o, para fazer efeito, precisa de tempo.

O apelo é resultante de atitudes “menos dignas” de familiares quando são informados da morte de algum parente, como “se a fatalidade fosse da responsabi­lidade do profission­al da saúde”.

Paulo Luvualo, mestre em Saúde Pública e licenciado em Enfermagem, comentou o caso de uma enfermeira que foi vítima de agressão cometida pelo pai de uma criança que morreu depois de ter estado internada numa unidade sanitária no Bié.

O pai da criança, lembrou o bastonário, acusou a enfermeira de ter administra­do um “medicament­o incompatív­el” com a doença de que padecia a filha, tendo partido para a violência contra a enfermeira.

“Não sabemos se se tratou de erro médico ou não”, disse o bastonário, confirmand­o estar o Serviço de Investigaç­ão Criminal a investigar as causas da morte.

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