Ordem pede mais vagas para técnicos de enfermagem
A Ordem dos Enfermeiros de Angola pediu ontem, em Luanda, ao Ministério da Saúde que revela o número de vagas para o próximo concurso público de admissão de novos técnicos por ser irrisório o número de enfermeiros a ser contratados.
O pedido foi feito pelo bastonário, Paulo Luvualo, que disse não concordar que, entre as cinco mil vagas disponíveis, apenas 1.300 vão ser ocupadas por técnicos de enfermagem.
“Se a intenção é resolver a questão da carência de profissionais no sector, o Ministério da Saúde deve rever o número de vagas”, reafirmou o bastonário da Ordem dos Enfermeiros de Angola.
Paulo Luvualo disse, por outro lado, ser necessário que os doentes não sejam levados aos hospitais na fase terminal da doença, com o argumento de que o medicamento, para fazer efeito, precisa de tempo.
O apelo é resultante de atitudes “menos dignas” de familiares quando são informados da morte de algum parente, como “se a fatalidade fosse da responsabilidade do profissional da saúde”.
Paulo Luvualo, mestre em Saúde Pública e licenciado em Enfermagem, comentou o caso de uma enfermeira que foi vítima de agressão cometida pelo pai de uma criança que morreu depois de ter estado internada numa unidade sanitária no Bié.
O pai da criança, lembrou o bastonário, acusou a enfermeira de ter administrado um “medicamento incompatível” com a doença de que padecia a filha, tendo partido para a violência contra a enfermeira.
“Não sabemos se se tratou de erro médico ou não”, disse o bastonário, confirmando estar o Serviço de Investigação Criminal a investigar as causas da morte.