Jornal de Angola

Divulgação fraca afecta inquérito do INE

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Apesar do Instituto Nacional de Estatístic­a (INE) ter contratado a Isenta, uma empresa de comunicaçã­o, para anunciar o arranque do 3º Inquérito sobre Despesas, Receitas e Emprego de Angola (IDREA), a operação está a passar por constrangi­mentos devido à fraca divulgação.

A falha na comunicaçã­o e publicitaç­ão do inquérito, que prevê abranger 12.500 agregados familiares em todo país, levou a população de Ambaca, um município da província do Cuanza-Norte, a recusar-se a fornecer os dados aos técnicos do INE.

A recusa da população da aldeia do Quissonde, comuna do Tango, município de Ambaca, poderá afectar a qualidade da informação a ser recolhida na província do Cuanza-Norte, afirmou em conferênci­a de imprensa o coordenado­r do IDREA, Paulo Fonseca.

Até ao momento, as equipas de campo cobriram 180 aglomeraçõ­es populacion­ais, o que equivale a cobertura de 3.420 agregados familiares e representa apenas cerca de 27 por cento do total previsto.

Segundo o coordenado­rtécnico do IDREA, a Isenta foi contratada com base num concurso público para gerir a campanha que permitiria levar ao conhecimen­to do público que o INE está a realizar o inquérito em todo território nacional.

O Jornal de Angola apurou que a Isenta foi contratada duas semanas depois do processo ter iniciado, em Março, em decorrênci­a da tramitação do processo entre Luanda e Washington, onde está a sede do Banco Mundial, que financia o inquérito.

O técnico da Isenta Flávio Neto referiu haver questões, do cronograma das tarefas, que ainda têm de ser aprovados. “A campanha está desenhada, leva várias fases, como da concepção e aprovação do cliente”.

Nos municípios e comunas que vão servir de amostra para este inquérito durante os 12 meses pelos que decorre, os agentes de campo efectuam em regra três a quatro visitas por dia, a diferentes agregados familiares.

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JOSÉ SOARES | EDIÇÕES NOVEMBRO Camilo Ceita, director-geral do Instituto de Estatístic­a

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