Fundo Soberano quer preservar activos alegadamente desviados
A nova administração do Fundo Soberano de Angola (FSDEA) está a tomar medidas no sentido de prevenir que os activos alegadamente desviados sejam transaccionados, anunciou a Angop, citando uma fonte da instituição.
De acordo com a fonte, o fundo apelou judicialmente a um tribunal no Reino Unido para garantir a preservação desses mesmos activos e impedir a sua utilização.
A segunda diligência tem a ver com uma ordem NPO (Norwich Pharmacal Order), no sentido de o FSDEA obter a autorização por via judicial para que as instituições bancárias partilhem informações referentes aos recursos depositados nas contas bancárias em seu nome ou de entidades por si detidas ou participadas.
A terceira acção diz respeito a uma solicitação de congelamento das contas dos responsáveis e entidades gestoras dos recursos do FSDEA para prevenir eventuais dissipações ou esbanjamentos.
O Presidente da República, João Lourenço, nomeou, em 10 de Janeiro deste ano, um novo conselho de administração do FSDEA, presidido por Carlos Alberto Lopes, em substituição de José Filomeno dos Santos. A nova administração do FSDEA está a tomar medidas para remover a Quantum Global da condição de gestora dos activos desta instituição e garantir que os propósitos subjacentes à sua criação sejam cumpridos. Segundo a nova administração, o objectivo da criação do fundo era o de investir as receitas petrolíferas de Angola para o futuro dos angolanos e estabelecer um legado para além da produção de petróleo.
No mês passado, uma delegação do Fundo Soberano de Angola, chefiada pelo seu presidente do Conselho de Administração, esteve nas Maurícias para estabelecer contactos com as autoridades locais, na expectativa de obter de volta ao país os dinheiros públicos transferidos ilicitamente para aquele destino.
A viagem da delegação do Fundo Soberano de Angola ocorreu na sequência de uma primeira diligência, a nível político-diplomático, pelo ministro angolano das Relações Exteriores, Manuel Augusto, que se deslocou à cidade de Port Louis, capital maurícia, para se avistar com o Primeiro-Ministro, Navim Rangoolam.