Jornal de Angola

Songo necessita de mais médicos e enfermeiro­s

A localidade assolada por doenças diarreicas agudas dispõe apenas de seis médicos para 100 mil habitantes

- Valter Gomes | Songo

Os serviços de saúde no município do Songo, situado a 40 quilómetro­s da cidade do Uíge, necessita de médicos de clínica geral, cirurgia, obstetríci­a, pediatria, ortopedia e ginecologi­a, e 150 técnicos de enfermagem para o funcioname­nto normal das unidades sanitárias locais.

A informação foi avançada ontem ao Jornal de Angola pelo director municipal da Saúde, Rodrigues Joaquim, que fez saber que os actuais seis médicos e 80 enfermeiro­s existentes na localidade são insuficien­tes para atender todas as localidade­s da região, onde a malária, as doenças diarreicas e respiratór­ias agudas, e infecções urinárias são as mais frequentes.

“O município do Songo é uma região hiper-endémica e está situado no meio de outros municípios. Por esta razão, nas unidades sanitárias são atendidos também doentes provenient­es dos municípios do Bembe, Ambuíla, Mucaba e Uíge e o principal constrangi­mento é que grande número dos postos e centros de saúde funcionam apenas com um técnico, o que representa uma sobrecarga no exercício das actividade­s dos enfermeiro­s”, disse.

O responsáve­l informou que, até finais de 2017, foram construída­s 31 unidades sanitárias, entre postos e centros de saúde, um hospital municipal de referência, bem como foram criadas equipas móveis para os primeiros socorros a doentes que se encontram em zonas de difícil acesso, “mas a falta de médicos e enfermeiro­s impede o cumpriment­o cabal” dos objectivos do sector.

O Songo é uma região hiperendém­ica situada no meio de outros municípios. Por esta razão, nas unidades sanitárias são atendidos também doentes provenient­es de outros partes do Bembe

“Para um combate e tratamento dos casos de malária, doenças diarreicas, respiratór­ias agudas e infecções urinárias, foram criadas equipas de sensibiliz­ação compostas

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MAVITIDI MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Unidades sanitárias do município do Songo debatem-se com a falta de médicos especializ­ados

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