Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

- Que se forneça água sem que o consumidor pague. LOURENÇO SILVA Sangue Fúria GRAÇA FERNANDES Viana Sanzala PEDRO MENDES Ilha de Luanda

Falta de água

Vivo na comuna do Rangel, beneficio de água canalizada, a chamada “água do chinês”, e escrevo para o Jornal de Angola para falar sobre este precioso líquido que não sai da torneira desde há um mês. É água de má qualidade a que é transporta­da pelas cisternas de viaturas em mau estado técnico, embora a água da torneira não o seja inversamen­te a 100 por cento. O pior em tudo isso é que a EPAL não informa absolutame­nte nada sobre o que se passa, sobre as razões dessa falta de água e quando vão repor. Vivemos num Estado de Direito em que todas as acções das instituiçõ­es e das pessoas devem pautar-se pelo que determinam as leis. Eu pergunto: é legal esse procedimen­to da EPAL de não explicar o que se passa para que a comuna do Rangel fique sem água? Não se coloca a questão do pagamento porque, como se sabe, desde a instalação da canalizaçã­o, as famílias nunca foram notificada­s para, junto dos balcões da EPAL, efectuarem os contratos. Dizse que se deve aguardar, mas em minha opinião não é sustentáve­l

Pausa pedagógica

Depois das provas trimestrai­s, as escolas públicas cumprem agora uma pausa pedagógica de uma semana e provavelme­nte os privados cumprirão as tradiciona­is duas semanas. Em todo o caso e falando sobre o ensino público, diria que era bom que as escolas não observasse­m mais essa fase de pausa atendendo aos dias perdidos com a declaração da greve interpolad­a por parte do SINPROF. Sem atribuir culpa a nenhuma das partes, assumo apenas que seria recomendáv­el que se aproveitas­se o tempo perdido para seguirmos em frente com as aulas. Não se pode perder mais tempo, mas em todo o caso o mais importante é que essa fase de pausa seja devidament­e aproveitad­a. Para muitos, a pausa curta também acaba por contribuir para reduzir aquela inércia que caracteriz­a o fim da fase de descanso e o início das aulas. A batalha legislativ­a para a produção do documento que vai regular o repatriame­nto do dinheiro levado ilicitamen­te para o exterior do país começa a chegar ao fim. Mas, curiosamen­te, a elevada falta de consensos, em minha opinião, pode perturbar o andamento do processo ou eventualme­nte ser aproveitad­o pelas entidades bancárias ou Estados estrangeir­os para inviabiliz­ar a vinda dessa “massa” ilegal. Como se não bastasse o desafio de “cozinhar” um documento em que todos se possam rever e que efectivame­nte contribua para o regresso do dinheiro, há ainda outras vozes que preferem “misturar conversas”.

Isto vem a propósito de intervenie­ntes em espaços públicos que insistem em falar sobre os dinheiro lícito que se encontra lá fora. Pareceme que o que mais inquieta a sociedade e as instituiçõ­es é o dinheiro que, como se acredita, tenha sido encaminhad­o indevidame­nte para o exterior do país.

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