Gesterra refuta acusações e garante que equipamentos estão intactos
da Cofergepo, o presidente do Conselho de Administração da Gesterra, Carlos Paím, diz que a única fazenda onde existem alguns pendentes com a população é em Camacupa, onde o processo de reintegração e indemnização não foi concluído, devido à transferência da gestão das unidades para o Fundo Soberano.
O dinheiro da indemnização, explica, provinha das receitas resultantes da comercialização dos produtos colhidos na fazenda. Sobre os alegados desvios de equipamentos, Carlos Paím garante que não foi retirado nenhum equipamento em fazenda alguma.
Em Abril, Carlos Paím denunciou a existência de cerca de seis mil toneladas de cereais nas fazendas controladas actualmente pela Cofergepo, resultantes das colheitas do ano agrícola 2015/2016, que não foram comercializadas até agora por razões meramente burocráticas.
O presidente do Conselho de Administração da Gesterra dizia que o produto corria o risco de deteriorar-se em silos e atribuía as culpas pela não comercialização ao Fundo Soberano.
A Cofergepo confirma apenas a existência de 3.400 toneladas de cereais e afirma que a responsabilidade pela não comercialização é exclusivamente da empresa que geria as fazendas na altura das colheitas.
A Gesterra insiste que a quantidade de cereais em silos ascende as seis mil toneladas, sendo 3.000 toneladas de milho em Camaiangala, 2.000 toneladas de arroz em Sanza Pombo, 1.000 toneladas de arroz no Longa e 600 toneladas de milho no Cuimba.
Em 2010/2011, o Executivo, no âmbito do relançamento do empresariado agrícola, fez investimentos na ordem de 700/800 milhões de dólares, que tinham por objectivo criar condições de produção em áreas com grande potencial agro-pecuário, de forma a criar condições para a produção de cereais, sobretudo, feijão, soja e arroz, para reduzir as importações de alguns produtos da cesta básica e garantir matéria-prima para o fomento da pecuária de pequeno porte e a avicultura.