BNA retira licenças de operação
O Banco Nacional de Angola (BNA) retirou as licenças de operação a 19 casas de câmbio e sociedades de microcrédito que excederam o prazo para o início das actividades e instou o mercado, num comunicado publicado ontem, no Jornal de Angola, a participar eventuais dívidas aos seus serviços.
O anúncio é subscrito pelo Departamento de Regulação e Organização do Sistema Financeiro do BNA, que explica a decisão pelo “decurso do prazo previsto para o início de actividade das instituições financeiras não bancárias”, com o banco central a apresentar a Lei de Bases das Instituições Financeiras a favor da decisão.
O BNA revogou as licenças da Somicre Pagamentos e Mundifast Transfer, bem como das sociedades de microcrédito Madama, Machege, Nedcrédito, Africrédito, Money Crédito Angola, Pricrédito, Credisumbe, Naosu, Crediangola, Kofeleféle, Suncred e Crediflox.
Igualmente sem licença para a actividade ficaram as casas de câmbio Jagina, Novacambila, Top One, Panamoney e Mukanda.
O Jornal de Angola noticiou em Abril que as casas de câmbio tinham passado os primeiros quatro meses do ano sem obter divisas nos leilões semanais do BNA, tendo paralisado a sua actividade.
Naquela altura, escreviase naquela matéria, a Associação das Casas de Câmbio de Angola (ACCA), remeteu uma carta ao governador do BNA, José de Lima Massano, a solicitar a liberalização total do preço das notas, podendo desta forma cada empresa praticar a sua tabela com vista a combater o mercado informal.
Mais do que isso, pediram, também, autorização para operarem como agentes de correctoras do mercado de capitais e a exercer o serviço postal, fazendo também as operações de pagamento de luz e água, com o que pretendem compensar a perda da actividade no mercado cambial e manter os empregos.
José de Lima Massano reuniu-se com a associação em finais de Março, num encontro onde as inquietações foram parcialmente respondidas.