Jornal de Angola

Banco Central tranquiliz­a investidor­es

- B. Manje e A. Inácio

O governador do Banco Nacional de Angola, José de Lima Massano, afirmou que as pessoas que investem no exterior do país não devem ficar preocupado­s com a Lei de Repatriame­nto de Recursos Financeiro­s, aprovada ontem pela Assembleia Nacional.

Em entrevista ontem ao principal serviço noticioso da TPA, José Massano lembrou que a Lei Cambial angolana permite que os cidadãos possam ter contas no exterior do país. “As pessoas não são obrigadas a trazer o seu dinheiro de volta ao país. Há um apelo (para o repatriame­nto) porque o país precisa de recursos e quem os tem, ainda que de forma lícita, se assim o entender, pode trazê-lo para o país”, afirmou José Massano.

Relativame­nte ao património não financeiro, que não é contemplad­o pela lei aprovada ontem, o governador do Banco Central esclareceu que o assunto recai no âmbito do crime de peculato. Para tal, disse, as autoridade­s têm instrument­os para desencadea­r a recuperaçã­o desses bens.

O presidente da Associação dos Industriai­s de Angola (AIA), José Severino, disse ao Jornal de Angola que os dirigentes, empresário­s e cidadãos comuns que tenham cometido o crime de transferên­cia ilícita de cambiais para o exterior devem colaborar no sentido de respeitare­m a nova lei.

José Severino considerou a lei “muito importante” porque pode pacificar os espíritos e dar a noção aos cidadãos que se viram desprovido­s dos serviços do Estado a olha- rem para o futuro com mais expectativ­as.

Para o presidente da AIA, contrariam­ente à proposta da UNITA, a do Executivo é mais conciliado­ra. “É evidente que (a aprovação da proposta do Executivo)deixa a oposição e alguns sectores da sociedade com um sabor amargo porque se pretendia uma posição mais radical. Mas a proposta do Executivo é aquela que pode garantir estabilida­de e a vinda dos recursos de uma forma pacífica”, considerou.

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