Lula da Silva critica perseguição judicial
O ex-Presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva criticou a “farsa judicial” de que diz ser vítima e exigiu uma eleição presidencial democrática, com “todas as forças políticas”, numa coluna de opinião divulgada ontem pelo jornal francês Le Monde.
“Como Presidente, eu defendi, por todos os meios, a luta contra a corrupção e não aceito que seja imputado a mim este crime através de uma farsa judicial”, escreveu Luiz Inácio Lula da Silva, condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção, numa coluna publicada no jornal.
O ex-Presidente (2003-2011) está preso desde o início de Abril, condenado por crimes de corrupção passiva e branqueamento de capitais, o que o poderá impedir de concorrer nas eleições presidenciais brasileiras marcadas para Outubro. Essas eleições “não serão democráticas a menos que todas as forças políticas possam participar de forma livre e justa”, avaliou. Lula apresentou a sua candidatura como “uma proposta para o Brasil encontrar o caminho de inclusão social, o diálogo democrático, a soberania nacional e o crescimento económico para a construção de um país mais justo e solidário”. “Sou candidato porque sei que posso garantir que o país voltará ao caminho da democracia e do desenvolvimento para o nosso povo”, assegurou.