Chefe de Estado do Vietname endereça mensagem a homólogo angolano
Luanda acolheu ontem conversações oficiais entre os dois países que serviu para passar em revista o estado da cooperação
O Presidente da República, João Lourenço, foi convidado pelo homólogo vietnamita a realizar uma visita de Estado àquela país asiático, com vista ao reforço da cooperação entre os dois países.
O convite consta de uma mensagem que o Chefe de Estado vietnamita endereçou ao Presidente angolano. Foi portador da mensagem o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros do Vietname, Vu Hong Nan, que a entregou ao ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, que, por sua vez, a fará chegar ao Chefe de Estado.
Vu Hong Nan, que foi recebido em audiência pelo chefe da diplomacia angolana, adiantou que a visita está para breve, mas a data vai ser acertado pelos altos dirigentes dos dois países. O vice-ministro vietnamita adiantou que, na mensagem,o Chefe de Estado vietnamita propõe, também, ao Presidente João Lourenço o reforço da cooperação bilateral, em particular a parceria política e tecnológica.
Durante o encontro com o ministro Manuel Augusto, ficou decidido que os dois países devem reforçar a cooperação nos sectores da educação, saúde, agricultura , telecomunicações e petróleos. Vu Hong Nan afirmou que o Manuel Augusto assumiu o compromisso de visitar oficialmente o Vietname com uma delegação de empresários e representantes de empresas angolanos para a troca de experiência. Empresários vietnamitas também foram convidados a investir em Angola.
Plano de Desenvolvimento
O Vietname está disponível para apoiar o Plano Nacional de Desenvolvimento 20182022, anunciou ontem, em Luanda, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros daquele país asiático, Vu Hong Nam.
Em breves declarações à imprensa após conversações oficiais entre delegações dos dois países, Vu Hong Nam disse ser interesse do seu país reforçar a cooperação por via da exportação de alguns produtos de Angola para o Vietname e continuar a privilegiar as áreas das telecomunicações, agricultura, educação e saúde.
O dirigente vietnamita considerou frutíferas as relações de cooperação entre Angola e o Vietname, embora precisem de um novo impulso. Disse ser necessário que se implante entre os dois países uma cooperação reciprocamente vantajosa. Por isso, disse, Luanda e Hanoi vão continuar a fazer troca de visitas de alto nível.
As conversações entre as delegações serviram para passar em revista aspectos ligados à cooperação e como imprimir dinâmicas que permitam a inclusão de novas esferas como é a defesa e segurança, economia e questões de âmbito estritamente legal. Neste âmbito, Angola prestou informação sobre a nova Lei do Investimento Estrangeiro. O Vietname, disse, também vai contribuir para que o sector das telecomunicações seja desenvolvido.
O secretário de Estado para a Cooperação Internacional e Comunidades Angolanas do Ministério das Relações Exteriores, Domingos Custódio Vieira Lopes, confirmou que o Vietname tem interesse em investir nas áreas de tecnologias, petróleos e minas.
“Já existem alguns entendimentos, só que, até agora, não houve desenvolvimento palpável. Informamos sobre a legislação existente nestas duas áreas e notamos o interesse que demonstraram”, disse o secretário de Estado, para quem as relações bilaterais correm com satisfação nas áreas da agricultura, saúde e educação.
Estes sectores, referiu, vão apontar toda a informação necessária para que eles saibam aos potenciais segmentos de investimento.
A respeito da possibilidade - já discutida durante as conversações - de Angola exportar produtos para aquele país, Domingos Vieira Lopes informou que o Ministério das Relações Exteriores vai trabalhar com o Ministério do Comércio para identificar os produtos.
Angola e o Vietname, disse, precisam solidificar os níveis de cooperação e os laços que unem os respectivos povos, para que seja possível fazer face aos desafios de ordem política, diplomática, económica, cultural e social que os tempos actuais impõem. Mas, para tal, o secretário de Estado disse ser preciso identificar os estrangulamentos que até ao momento impediram que a cooperação fosse plenamente frutífera.
Vice-ministro dos Negócios Estrangeiros do Vietname considerou frutíferas as relações entre os dois países, embora tenha reconhecido que precisam de um novo impulso