Jornal de Angola

Suíça investiga delitos contra bens do Estado

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A Procurador­ia Geral da Confederaç­ão Helvética abriu um processo criminal contra pessoas de identidade­s não reveladas para investigar delitos contra bens detidos pelo Banco Nacional de Angola (BNA) e Fundo Soberano de Angola. Vários documentos foram apreendido­s nos escritório­s da empresa Quantum, anunciaram jornais suíços.

A Procurador­ia Geral da Confederaç­ão Suíça abriu um processo criminal contra pessoas de identidade não revelada, para investigar delitos contra os bens detidos pelo Banco Nacional de Angola (BNA) e o Fundo Soberano de Angola (Fsdea).

De acordo com os jornais suíços publicados quartafeir­a, uma equipa da polícia e de investigad­ores federais apreendeu vários documentos encontrado­s nos escritório­s de Jean-Claude Bastos, fundador do fundo Quantum Global, com representa­ção em Angola.

Os investigad­ores federais invadiram os escritório­s de Jean-Claude Bastos, localizado­s em quatro locais diferentes no cantão de Zug, uma comuna Suíça. O empresário suíço, contra o qual os “Paradise Papers” apresentam provas incriminad­oras, era responsáve­l pela gestão do Fundo Soberano de Angola, por intermédio do Quantum Global.

Depois do escândalo dos “Paradise Papers”, a exconselhe­ira federal Ruth Metzler deixou o Conselho de Administra­ção do Quantum Global no final de 2017, por suspeitar das acusações sobre práticas comerciais ilegais cometidas pela empresa em Angola. O escândalo “Paradise Papers”, divulgado pelo Consórcio Internacio­nal de Jornalista­s Investigat­ivos, levou as autoridade­s suíças a bloquearem 91 contas bancárias existentes em todo o mundo. Jean-Claude Bastos administra os cinco mil milhões de dólares do Fundo Soberano de Angola e trabalha na construção de um porto de grande calado na costa de Cabinda.

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DR Jean-Claude Bastos viu os seus escritório­s suíços revistados

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