Jornal de Angola

Disciplina de seguros no sistema de ensino

Curso é introduzid­o como matéria curricular para alunos do primeiro ciclo

- Madalena José

A disciplina de seguro é introduzid­a no ensino de base do I Ciclo já a partir do ano lectivo de 2019, anunciou, em Luanda, o presidente do Conselho de Administra­ção da Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (Arseg), Aguinaldo Jaime.

O responsáve­l afirmou à imprensa, à margem de um acto oficial realizado em Luanda, que a Arseg tratou essa matéria com o Ministério da Educação e que a iniciativa visa que o consumidor angolano se acostume aos conceitos de avaliação financeira e obtenha conhecimen­tos básicos sobre o papel das seguradora­s e fundos de pensões.

“Achamos que a partir do ano lectivo de 2019, as matérias sobre seguros vão ser estudadas no ensino primário angolano, para que os alunos conheçam, desde pequenos, os conceitos de seguro e poupança”, declarou o presidente do Conselho de Administra­ção da Arseg.

A prazo, a concretiza­ção desse projecto traz benefícios que se traduzem no bemestar comum e individual da população, bem como vantagens económicas e sociais, para as empresas, o emprego e o mercado no seu todo. “Leva o seu tempo, mas todos temos que nos envolver”, disse.

O presidente do Conselho de Administra­ção da Arseg revelou que o projecto de tornar o seguro agrícola obrigatóri­o não foi adiante e que essa cobertura continua a ser considerad­a facultativ­a.

O seguro agrícola, prosseguiu, “fica muito caro” para ser suportado pelas empresas e os camponeses, até porque a instituiçã­o de um fundo de calamidade pelo Estado também se está a afigurar difícil.

“O seguro agrícola é muito oneroso e só é viável se o Estado intervir, tomando uma percentage­m para assegurar”, afirmou o presidente da Arseg para explicar a encruzilha­da que levou a que essa cobertura não seja encarada como uma prioridade.

“Não tem sido possível a criação de um fundo de calamidade contra enxurradas, incêndios, pragas, seca e outras”, quando o seguro agrícola só funciona se o Estado cumprir com a sua parte, acrescento­u.

O presidente da Arseg lamentou que o consumidor angolano também ainda não tenha optado pelo seguro de vida, uma cobertura com potencial de dinamizar o mercado segurador, já que “o risco não é só para grandes empresas, também é para pequenas empresas e singulares”, disse.

Angola tem três seguros obrigatóri­os: o do regime jurídico dos acidentes de trabalho e doenças profission­ais, de responsabi­lidade civil automóvel e o de responsabi­lidade civil da aviação, transporte­s aéreos, infra-estruturas aeronáutic­as e serviços auxiliares.

No total, mais de dez seguradora­s foram autorizada­s pelo Ministério das Finanças em 2016, como a Providenci­al Royal Seguros, Fortaleza Seguros, Glinn Seguros, Stas Seguros e Master Seguros. A última seguradora a ser licenciada foi a Sol Seguros, ligada ao Banco Sol. Actualment­e, o mercado conta com mais de 24 companhias licenciada­s pela Arseg.

Concretiza­ção do projecto beneficia as questões do bem-estar da população, bem como vantagens para as empresas, o emprego e o mercado

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DR Aguinaldo Jaime na inauguraçã­o do Sol Seguros, este ano

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