Banco de Poupança retoma crédito aos professores
O Banco de Poupança e Crédito (BPC) e o Ministério da Educação assinaram ontem, em Luanda, um protocolo pelo qual a instituição financeira aceita conceder crédito garantido por salário aos professores do primeiro ciclo do ensino primário.
O documento foi subscrito pela directora de Qualidade do BPC e a dos Recursos Humanos do Ministério da Educação, Sandra Jardim e Laudimira de Sousa, e marca a retoma dos empréstimos projectados para professores, o que aconteceu pela primeira vez em 2016.
O presidente do conselho de administração do BPC, Alcides Safeka, que participou na assinatura do protocolo ao lado da ministra da Educação, Cândida Teixeira, declarou que a assinatura de protocolos com as instituições tutelares constitui o novo modelo adoptado pelo banco para conceder crédito garantido por salário.
O banco está afectado por uma carteira de crédito malparado - geralmente por falta de garantias - cifrada em 500 mil milhões de kwanzas, de acordo com números divulgados pelo conselho de administração que estava em funções no mês de Outubro, presidido por Ricardo d’Abreu.
“O banco está a conceder crédito salário por protocolo, ou seja, crédito protocolado com as empresas”, declarou Alcides Safeka, que também evocou um “elevado rigor técnico e ético” adoptado pelo BPC para a recuperação do malparado.
Em Setembro de 2016, o Banco Sol subscreveu um protocolo do género com o Cofre de Previdência dos Professores (CPP), para concessão de créditos avaliados em cerca de 2,5 mil milhões de kwanzas a essa classe de profissionais.
O financiamento estava direccionado para a habitação, automóvel e o consumo e era limitado a valores situados em sete milhões de kwanzas para o crédito de consumo, 15 milhões para o automóvel e 50 milhões para o de habitação.
O período de reembolso destes empréstimos obedece prazos de quatro anos, para o de consumo, cinco para o automóvel e 30 anos para o de habitação.