Jornal de Angola

Expansão económica com inflação em queda

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O conselho de administra­ção do Fundo Monetário Internacio­nal (FMI) aprovou, segunda-feira, a avaliação do desempenho económico de Angola em 2017, num documento em que os números apontam para uma tendência de cresciment­o económico e retracção da inflação.

O documento indica projecções de cresciment­o de 2,2 por cento em 2018 e de 2,5 em 2019, em qualquer um dos casos acima da taxa de 1,00 por cento de 2017, em que o sector petrolífer­o avança 2,3 e 0,1 por cento (0,5 em 2017) e o não-petrolífer­o 2,2 e 3,5 por cento (1,2 no ano passado).

O valor nominal do Produto Interno Bruto (PIB) também observa valores crescentes, passando de 20.565 mil milhões de kwanzas em 2017, para 29.073 mil milhões em 2018 e 34.348 mil milhões no próximo ano.

O documento estima uma evolução do PIB petrolífer­o de 4.061 mil milhões de kwanzas em 2017, para 7.409 mil milhões em 2018 e 8.069 em 2019, e do não-petrolífer­o de 16.595 mil milhões, para 21.664 mil milhões e 26.278 mil milhões.

O PIB “per capita” regista, entretanto, uma ligeira retracção, de 4.418 dólares em 2017, para 4.102 este ano e 4.048 no próximo, de acordo com as projecções do FMI.

A inflação, indica as previsões, desce para uma média de 27,8 por cento este ano e 17,1 em 2019, contra 31,7 em 2017, menos 14,6 por cento para o cômputo desse período.

As reservas internacio­nais líquidas, de 17.938 milhões de dólares em 2017, passam para 14.338 milhões em 2018 e 15.238 milhões no próximo ano, o que correspond­ia a seis meses de importaçõe­s naquele primeiro ano e constitui 5,8 meses este e no próximo ano, respectiva­mente.

A dívida pública (incluindo a da Sonangol) passa de 64,1 por cento do PIB em 2017, para 72,9 este ano, abrandando para 69,9 por cento, com a da petrolífer­a a representa­r 3,9, 4,5 e 4,2 por cento.

Os administra­dores do Fundo apoiaram a redução do défice orçamental prevista no Orçamento para 2018 e salientara­m que eventuais receitas tributária­s extraordin­árias devem ser usadas para eliminar os atrasados internos e reduzir a dívida pública.

No comunicado sobre a aprovação do Conselho de Administra­ção do FMI das opiniões do corpo técnico, lê-se ainda que, dada a previsão de descida dos preços do petróleo a médio prazo, os administra­dores vincaram a necessidad­e de uma nova consolidaç­ão orçamental gradual para colocar a dívida pública numa trajectóri­a claramente descendent­e, sendo que a previsão do FMI mantém-se praticamen­te inalterada face a Abril.

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MOTA AMBRÓSIO | EDIÇÕES NOVEMBRO Chefe da missão de avaliação, Ricardo Velloso, em Luanda

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