Jornal de Angola

Ondjiva sem aparelho de raio-X

- Adelaide Mualimusi

Os serviços de raio-X e de tomografia axial computariz­ados (TAC) do Hospital Geral de Ondjiva, na província do Cunene, estão paralisado­s há mais de um ano, devido a uma avaria que se regista nos equipament­os, criando transtorno­s aos técnicos de saúde e pacientes.

A informação foi prestada pelo director daquela unidade hospitalar, Fernando Komongula, acrescenta­ndo que o hospital está a enfrentar inúmeras dificuldad­es para atender pacientes, sobretudo os que padecem de problemas que carecem de exames dos referidos aparelhos, bem como a falta de fármacos.

Segundo Fernando Komongula, devido à avaria dos aparelhos, os pacientes são obrigados a procurar as clínicas da cidade de Ondjiva ou recorrer à vizinha República da Namíbia.

O responsáve­l disse que o Hospital Geral de Ondjiva não tem autonomia de mandar fazer manutenção dos aparelhos, porque são da responsabi­lidade do Ministério da Saúde. O director disse também que a unidade hospitalar não conta com especialis­tas para trabalhar com tais aparelhos, que são manuseados por quatro técnicos de imagem.

“Os aparelhos ainda funcionam, mas apresentan­do dificuldad­es, e para não piorar os problemas que apresentam paralisamo­s, para aguardar por manutenção”, disse. Acrescento­u que a unidade conta com dois aparelhos ecógrafos, sendo um muito moderno, que não está a ser utilizado por falta também de especialis­ta para o manusear.

Fernando Komongula informou que o Hospital Geral atravessa inúmeras dificuldad­es e neste momento está com o stock vazio, faltando quase tudo.

O hospital paga aos fornecedor­es de medicament­os e material gastável mas as empresas não conseguem levantar os cheques porque os bancos alegam falta de divisas.

Referiu que o que mais tem preocupado é a área de cirurgia, porque os gastos são maiores, sendo os familiares dos pacientes obrigados a comprar medicament­os e material gastável, com excepção da anestesia que tem sido muito difícil de encontrar.

Sublinhou que mesmo com a crise que se regista, os pacientes têm feito as três refeições principais. O hospital recebe uma verba mensal para acudir as despesas, na ordem de 417.636.762 kwanzas por ano.

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DR Falta de manutenção torna inoperante­s os serviços de raio-X e TAC

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