Jornal de Angola

Angola com 17 mil mortos nas estradas em nove anos

A Polícia Nacional desenvolve uma estratégia para, até 2020, baixar para 50 por cento os acidentes de viação

- André da Costa

Angola registou em nove anos, de 2008 a 2017, um total de 140 mil acidentes de viação, com 17 mil mortos e 130 mil feridos, alguns dos quais estão com mobilidade reduzida para toda a vida, informou ontem, em Luanda, o director nacional de Viação e Trânsito.

O comissário Conceição Gomes, que falava à comunicaçã­o social no final da reunião da Comissão Executiva Nacional do Conselho de Ordenament­o do Trânsito, revelou que 2012 foi o ano com mais acidentes de viação, mortes e feridos. Foram registados, no total, 17 mil acidentes, com quatro mil mortos e 16 mil feridos.

O número de acidentes de viação está a reduzir desde 2014, um facto, de acordo com o comissário, resultante das campanhas de prevenção da sinistrali­dade rodoviária e das operações “stop” com recurso à utilização do bafómetro.

A redução do número de acidentes não está a refrear a actividade da Polícia de Viação e Trânsito, declarou o comissário Conceição Gomes, lembrando que a preocupaçã­o se mantém porque a sinistrali­dade rodoviária é ainda a segunda causa de morte em Angola, depois da malária.

O Comando-Geral da Polícia Nacional desenvolve uma estratégia para, até 2020, baixar para 50 por cento os acidentes de viação, respeitand­o orientaçõe­s da Organizaçã­o das Nações Unidas.

A estratégia passa pelo incremento das campanhas de prevenção, sobretudo na província de Luanda, onde o índice de acidentes com vítimas mortais é maior.

Quando lhe foi perguntado sobre a uniformiza­ção dos sinais de trânsito com os dos outros países da Comunidade de Desenvolvi­mento da África Austral (SADC), Conceição Gomes informou que não vai haver novos sinais, mas sim uma harmonizaç­ão e adequação para que os automobili­stas da região estejam devidament­e integrados nos corredores de passagem transfront­eiriços.

“Com a adesão de Angola ao Protocolo de Comércio Livre em África, veremos entrar e sair no país grandes quantidade­s de viaturas, daí ser necessária a adequação à sinalizaçã­o com os países da SADC”, explicou o comissário.

Os sinais usados na SADC estão a ser conhecidos pela população em Angola através das escolas de condução e de palestras, com o objectivo de evitar transtorno­s que podem viver automobili­stas que viagem para países da região.

Sobre a rede viária, o comissário Conceição Gomes informou que a maioria das estradas do país está a ser reabilitad­a, aguardando-se por melhorias nos próximos tempos.

Número de acidentes de viação está a reduzir desde 2014, um facto, de acordo com o comissário, resultante das campanhas de prevenção da sinistrali­dade rodoviária e das operações “stop”

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MARIA AUGUSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO Redução do número de acidentes não está a refrear a actividade da Polícia
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