ONU saúda reformas em curso
O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, saudou as reformas que o Governo tem vindo a efectuar, sob a liderança do Presidente João Lourenço, em prol do desenvolvimento socioeconómico do país. A posição de António Guterres foi manifestada na segunda-feira à nova representante permanente de Angola junto da ONU, Maria de Jesus Ferreira, durante a apresentação das cartas credenciais. Durante o acto, Guterres enalteceu o papel de liderança que Angola tem desempenhado para pacificar o continente africano, com destaque para a região dos Grandes Lagos. Maria de Jesus Ferreira, nomeada a 7 de Fevereiro, é a primeira mulher a exercer o cargo de embaixadora e representante permanente de Angola junto das Nações Unidas.
O grupo de ex-militares sulafricanos do tempo do “apartheid”, que se encontra em Angola, fez no sábado a devolução de uma cruz da Missão Católica da Mupa, no município do Cuvelai, província do Cunene, de onde foi retirada durante a invasão ao território nacional, na década de 1980.
Num ambiente de verdadeira reconciliação, entre a Igreja Católica e os ex-invasores, aconteceu o gesto de devolução da cruz, que é o símbolo do cristianismo.
O general sul-africano na reserva, Orland Frait, que comandou a 61ª brigada de tanques do então Batalhão Búfalo das SADF (exército sul-africano) na invasão de 1982 a 1988 na região, destacou os laços de amizade existentes entre os dois países. “Quando os políticos fazem a paz, os soldados ficam alegres”, sublinhou.
Orland Frait agradeceu a oportunidade de voltar a Angola, num momento bastante diferente do anterior, declarou em nome dos 100 veteranos que consigo vieram a Angola, sentir-se confortado com o carinho do povo angolano.
A caravana viajou por estrada, passou por Cuvelai, proveniente do Cuando-Cubango, onde visitou vários campos de batalha e rendeu homenagem aos seus compatriotas tombados durante os combates, permaneceu em Ondjiva 24 horas.
O governador do Cunene, Kundi Paihama, reiterou o convite aos sul-africanos para investirem na região, ofereceu um almoço de confraternização aos veteranos da terra de Mandela. “Estamos irmanados. Devemos estar unidos a partir de agora, não só com políticas, mas sobretudo com trabalho prático. Por isso, convido os sul-africanos a investirem cá, nos mais variados domínios”, disse Kundi Paihama.
O grupo seguiu viagem no domingo pela comuna da Môngua, palco de grandes batalhas entre as forças sulafricanas e as tropas angolanas, depois por Cahama, Onthinjau e Ruacana, por fim entram na Namíbia, de regresso à terra natal.
Depois de verem as potencialidades económicas da região ao longo do percurso feito por estrada, os sul-africanos já pensam investir em Angola, principalmente , na área da construção de estradas e no repovoamento animal dos parques nacionais.
“Quando viajamos pelas vossas estradas, algumas delas são muito difíceis e pensamos muito sobre este país maravilhoso. Já estabelecemos contactos com algumas pessoas para ver o que podemos fazer aqui, por exemplo, a importação de elefantes para os vossos parques, não só para o desenvolvimento do negócio mas também para o meio ambiente”, destacou Orland Frait que prometeu voltar a Angola numa outra ocasião.