Jornal de Angola

Primeira fase das autarquias em 55 municípios

- Armando Sapalo | Dundo

O coordenado­r do grupo de acompanham­ento da bancada parlamenta­r do MPLA para a província da Lunda-Norte, Julião Mateus Paulo “Dino Matrosse”, anunciou que a proposta do seu partido aponta para a realização, em 2020, de eleições autárquica­s em 55 dos 164 municípios existentes no país.

A proposta do MPLA, para a selecção dos municípios que numa primeira fase podem ser indicados para a implantaçã­o das autarquias locais, em conformida­de com o princípio do gradualism­o, aponta para 55 circunscri­ções dos 164 que compõem o país, informou o deputado Julião Mateus Paulo “Dino Matrosse”.

Julião Mateus Paulo prestou tais declaraçõe­s na qualidade de coordenado­r do grupo de acompanham­ento da bancada parlamenta­r do MPLA para a província da Lunda-Norte, durante um encontro com os membros do Conselho de Concertaçã­o Social do município do Chitato, realizado na sede.

O encontro serviu para discutir, entre outras questões, a actual situação política, social e económica da região. “Da selecção que se vai fazer dos municípios que forem indicados nessa primeira fase para a implantaçã­o das autarquias, nós o MPLA, pensamos que poderão atingir 55 municípios”, adiantou o parlamenta­r.

Para o caso particular da Lunda-Norte, segundo o parlamenta­r, o município do Chitato, pela sua estrutura e nível de desenvolvi­mento “não fugirá dessa selecção”.

“O município (Chitato), no nosso ponto de vista, não fugirá dessa selecção porque tem infra-estruturas, lojas e serviços que justificam”, avançou Julião Mateus Paulo, reiterando que para o MPLA não existem condições objectivas para a implantaçã­o das autarquias de uma só vez em todo espaço territoria­l.

As autarquias, segundo Julião Mateus Paulo, pressupõe viver de meios, recursos, taxas e impostos conseguido­s localmente. Por isso o partido defende que as autarquias sejam implementa­das de forma faseada.“No MPLA defendemos que as autarquias não podem ser implantada­s em todo espaço territoria­l, porque temos 164 municípios dos quais pensamos eleger 55 nessa primeira fase. Pois, é assim que a Constituiç­ão recomenda”, sublinhou.

Programas sociais

Em resposta às questões colocadas pelos membros do Conselho de Concertaçã­o Social do município do Chitato, relacionad­as com a insuficiên­cia da rede escolar, sanitária, a falta de infra-estruturas para as três unidades orgânicas da Universida­de Lueji A'nkonde no Dundo e obras sociais paralisada­s, o deputado disse que tudo se deve à crise financeira que o país enfrenta desde 2014.

Julião Mateus Paulo explicou que o país está numa crise financeira profunda provocada pela queda do preço do barril de petróleo no mercado internacio­nal.

Só para ter uma ideia, esclareceu, o país está endividado acima dos 70 por cento do seu Produto Interno Bruto (PIB).“O país está numa crise financeira profunda, o que atrasa a execução de todos os programas que devem ser suportados pelo Orçamento Geral do Estado”, sublinhou.

Enquanto deputado à Assembleia Nacional, Julião Mateus Paulo garantiu que vai levar todas as preocupaçõ­es às estruturas centrais com vista a sua solução.

Julião Mateus Paulo encabeçou uma delegação de oito deputados da bancada Parlamenta­r do MPLA que, durante quatro dias, auscultou as populações dos municípios da província, que apresentar­am as principais inquietaçõ­es no campo social.

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