Angola reforça sistemas de comunicações no país
Angola prepara-se para instalar diversos sistemas de comunicações em todo o país, entre os quais 14 estações VHF-ER (Very High Frequency-Extended Range comunicações com base numa frequência de alta qualidade), para se juntar às sete estações VSAT (Very Small Aperture Terminal) que o país já possui, anunciou em Kigali, capital do Ruanda, o ministro dos Transportes, Augusto da Silva Tomás, durante o simpósio sobre a Gestão da Segurança Operacional da Aviação Civil em África.
No domínio dos equipamentos de comunicações, o país conta já com estações HF (High Frequency), que reforçam as comunicações do sistema de vigilância ADS C-CPDLC (Automatic Dependent Surveillance Contract and Controller Pilot Data Link Communication) já existente, cujo alinhamento é feito por satélite. No campo da vigilância aérea, serão também instaladas nove estações de solo do ADS B (Atimatic Dependent Surveillance Broadcast) e implementado o sistema ABS B - Space Based, via satélite.
Essa inovação resulta dos passos dados em Abril deste ano, quando a Empresa Nacional de Exploração de Aeroportos e Navegação Aérea (ENANA) assinou um contrato de fornecimento de equipamentos no domínio aeroportuário com a canadiana Intelcan Technosystems, para o reforço e melhoria dos sistemas de comunicação, de navegação e de vigilância aérea em todo o território angolano.
O contrato rubricado pelo presidente do Conselho de Administração da ENANA, Manuel Ceita, e pelo vicepresidente da Intelcan, Bernard Goyette, insere-se no quadro da segunda fase do Programa de Gestão e Controlo do Espaço Aéreo Civil.
Nos últimos anos, Angola tem dado passos firmes em matéria de segurança operacional e navegação aérea, fruto da aprovação do Programa de Gestão e Controlo do Espaço Aéreo Civil, em 2013.
O programa tem por finalidade a modernização da navegação e melhorar a gestão estratégica do tráfego aéreo nacional.
A segunda fase deve transformar a região de informação de voo de Angola num espaço aéreo de referência internacional a nível da segurança e eficiência, em consequência da modernização da navegação e da qualidade dos serviços de controlo de tráfego aéreo na região. O ministro dos Transportes destacou o reforço da cooperação entre os países africanos no domínio da aviação civil, porque vai ajudar os países mais avançados arrastar os mais atrasados, para que África possa reduzir o défice que o separa dos países mais avançados.