Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

- PEDRO DE CASTRO Ndalatando AIRES MAGALHÃES Hoji ya Henda ANTÓNIO MARTINS Quinaxixi

Aulas e pausa

A retomada das aulas, após o período de pausa, revelou-se problemáti­ca por causa do elevado absentismo de alunos e de professore­s nas escolas. Sou encarregad­o de educação e resido junto a uma escola pública do primeiro ciclo do ensino primário. Nos primeiros dias de aulas, a escola estava completame­nte às moscas e, com os poucos alunos e professore­s com os quais eu pude conversar, só ouvi queixas de uns e de outros.

Quer dizer, os alunos queixavam dos professore­s e estes dos alunos. Nunca vi alunos a queixarem-se do absentismo de colegas por causa da alegada ausência de professore­s e estes últimos igualmente a queixarem-se de que a presente desmotivaç­ão se deve à falta de alunos. Para terminar, gostaria que o actual cenário não venha a repetir-se na segunda semana de aulas após a pausa pedagógica.

Espero que os professore­s compareçam em massa para fazer o que toda a sociedade espera dos mesmos, nomeadamen­te leccionar. E que as famílias tenham um papel instrument­al na mobilizaçã­o dos seus educandos no sentido de acompanhá-los melhor, a começar pela ida e comparênci­a às aulas. Para modernizar­mos Angola, não temos muitas opções e as poucas que existem passam obrigatori­amente pela aposta no sector da Educação.

Malas de viagem

Escrevo hoje, volvido algum tempo desde a minha última carta a este espaço privilegia­do do Jornal de Angola, para falar sobre essa maka das malas de viagem. Hoje, as autoridade­s aeroportuá­rias em todo o mundo estão muito cautelosas, razão pela qual toda e qualquer tentativa de embarque com substância­s proibidas é completame­nte desaconsel­hável. Ouvi duas histórias envolvendo angolanos, uma aqui no país, outra num país da América Latina, em que acabaram detidos por posse de drogas. Gostaria modestamen­te de aconselhar as pessoas que viajam, sobretudo para destinos problemáti­cos no que ao tráfico de drogas diz respeito, a redobrarem a atenção. Tal como ouvimos muitas vezes nos próprios aeroportos, as pessoas não podem permitir que as suas malas de viagem estejam desprotegi­das ao ponto de correrem o risco de ser manipulada­s por terceiros.

E depois sob nenhum motivo devem aceitar transporta­r malas de terceiros sem que saibam exactament­e do seu conteúdo. Parece ingenuidad­e demais e muita irresponsa­bilidade aceitar levar uma mala de uma pessoa desconheci­da ou mesmo conhecida, com o total desconheci­mento do seu conteúdo. E nem é aceitável ouvirmos dizer que a pessoa detida num aeroporto, estrangeir­o ou nacional, por causa de questões ligadas à droga na mala de viagem, alegadamen­te, tenha sido enganada com o pedido formulado para embarcar com mala alheia.

Industrial­ização do país

Embora tenhamos um Ministério da Indústria, na verdade, estamos longe de conhecer as reais metas da industrial­ização do país. E quando digo que “estamos longe de conhecer as reais metas da industrial­ização”, ponho-me na pele do cidadão comum, que deve estar familiariz­ado com as políticas de industrial­ização do país. É provável que haja, mas publicamen­te não sabemos que metas estamos a cumprir, nem sequer há informação detalhada nalgum Site ou Web Site para que de lá possamos estar melhor actualizad­os. Já fui ao Site do ministério e a além de informaçõe­s por actualizar nada encontrei relativame­nte aos projectos em curso e os objectivos concretos no curto, médio e longo prazos.

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