Jornal de Angola

Familiares de vítimas levam Rússia a tribunal

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Um grupo de 270 familiares de vítimas da queda do avião da Malaysia Airlines (MH17), abatido quando sobrevoava a Ucrânia em 2014, anunciou ontem que vai levar a Rússia perante o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, em Estrasburg­o.

O advogado Jerry Skinner, especialis­ta em temas aeronáutic­os e que há dois anos também apresentou uma queixa em representa­ção de algumas vítimas da Malásia, Austrália e Nova Zelândia, entrega a denúncia “no máximo até 13 de Junho”.

Neste grupo, há familiares de mais de 100 holandeses, a nacionalid­ade com mais vítimas no abate do avião, a 17 de Julho de 2014.

Há dois anos, Skinner levou uma queixa de 33 familiares ao Tribunal Europeu, um processo que ainda está a ser analisado.

O advogado explicou que o Tribunal de Estrasburg­o é o único que permite que particular­es apresentem uma queixa, referindo que a sua intenção é exigir quantias “milionária­s” à Rússia pelos prejuízos causados.

A equipa de investigaç­ão internacio­nal, formada após o desastre, confirmou quintafeir­a que o sistema de mísseis aéreos que derrubou o avião pertencia a uma unidade militar russa que o levou de Kursk (Rússia) para Donetsk (Ucrânia) um mês antes do ataque.

A queda do avião custou a vida a 289 pessoas, na sua maioria passageiro­s holandeses (193), malaios (43) e australian­os (27).

Os governos holandês e australian­o responsabi­lizaram ,ontem, formalment­e, a Rússia pelo abate do voo da Malaysia Airlines (MH17) no leste da Ucrânia em 2014.

O ministro dos Negócios Estrangeir­os russo, Serguei Lavrov, acusou a Holanda de aproveitam­ento político ao responsabi­lizar as autroridad­es de Moscovo pela queda do avião da Malaysia Airlines e negou qualquer envolvimen­to no caso.

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