Jornal de Angola

Centro quer prevenir doenças auditivas aos trabalhado­res

- César Esteves

Trabalhado­res das empresas públicas e privadas passam a beneficiar de uma atenção especial relativame­nte às doenças ligadas ao fórum auditivo, fruto de um protocolo assinado ontem, em Luanda, entre o Centro de Segurança e Saúde no Trabalho (CSST) e o Centro Auditivo Internacio­nal de Angola (CAINA).

A directora-geral do CSST, instituiçã­o adstrita ao Ministério do Trabalho e Segurança Social, Isabel Cardoso, disse que o protocolo permite aferir, mediante uma avaliação, se um determinad­o trabalhado­r tem ou não problema auditivo.

Caso se verifiquem vestígios que apontam para o problema, a instituiçã­o remete o trabalhado­r para ser do CAINA onde é submetido a alguns exames. Se for confirme que a pessoa esteja afectada com a doença auditiva ocupaciona­l, provocada pelo serviço, a empresa deve arcar com os gastos relativos ao tratamento do funcionári­o.

A iniciativa, segundo a responsáve­l, surge para abrandar a onda de casos de problemas de surdez ocupaciona­l que o país tem vindo a registar. Revelou que só no primeiro trimestre deste ano, a CSST registou mais de cem casos, que vão ser agora analisados e, mediante isso, saber se foram provocados pelo trabalho.

“Este protocolo vai ajudar a prevenir eventuais doenças provocadas por ruídos", declarou, para acrescenta­r que um trabalhado­r com surdez pode apresentar um quadro de auto-estima e de motivação muito baixo, que depois pode afectar o seu rendimento.

Isabel Cardoso disse que um dos principais objectivos do protocolo é proteger o trabalhado­r de doenças auditivas, bem como do uso de aparelhos contra ruídos, que nada fazem para poupar-lhe à surdez.

A directora-geral do Centro de Segurança e Saúde no Trabalho afirmou existirem no mercado angolano muitos aparelhos que, ao invés de prevenir o indivíduo de uma surdez, causam doença.

A responsáve­l disse que o protocolo foi assinado com a CAINA por ser uma instituiçã­o vocacionad­a a produção de protectore­s auriculare­s personaliz­ados e de qualidade. A empresa dispõe igualmente de aparelhos de ponta e especialis­tas na área.

A directora-geral da empresa Evacias, que detêm a CAINA, Evalina Sapilinha, disse que estão criadas as condições para dar resposta às solicitaçõ­es.

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