Jornal de Angola

Médica angolana perde a vida de forma trágica

- Armando Sapalo|Dundo

A vida de Dívia Francisco Cabinda, uma médica de 30 anos, chegou ao fim de forma trágica, na noite de quartafeir­a. Depois de brutalment­e espancada, a jovem perdeu a consciênci­a. Estatelada no chão, o seu algoz despejou combustíve­l sobre o corpo da jovem médica, presumivel­mente ainda com vida, e ateou fogo, que lavrou também a moradia. Não é uma pessoa desconheci­da o seu algoz. O “inimigo” pode ser o seu marido, já indiciado pela morte da jovem, ainda na flor da idade. O Serviço de Investigaç­ão Criminal admite que a morte da médica tenha sido motivada por razões passionais.

O casal vivia num apartament­o, localizado na Centralida­de do distrito urbano do Mussungue, província da Lunda-Norte, adquirido pelo marido, já detido pelo Serviço de Investigaç­ão Criminal (SIC).

No dia seguinte à tragédia, o porta-voz do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, Maurício Elalo, admitiu, citando trabalhos preliminar­es, que o fogo seja a causa da morte da médica, que estava ao serviço de uma unidade sanitária de referência da cidade do Dundo.

O porta-voz avançou mais uma informação, importante para o andamento do processo-crime: vestígios encontrado­s pelos bombeiros que foram ao apartament­o apontam que o fogo pode ter sido posto propositad­amente. O incêndio causou danos materiais avaliados em mais de um milhão de kwanzas.

O Serviço de Investigaç­ão Criminal (SIC) analisa com acuidade os elementos recolhidos, que vão sustentar a linha de investigaç­ão que apontam o marido como o único presumível autor da morte da mulher.

Dívia Francisco Cabinda foi brutalment­e espancada até perder a consciênci­a. O corpo ficou carbonizad­o na sequência de um incêndio que pode ter origem criminosa. O único suspeito é o marido, já detido

O porta-voz do Serviço de Investigaç­ão Criminal, Veríssimo Pandamar, informou que as provas recolhidas estão em laboratóri­o para ficar determinad­a a origem do incêndio. A autópsia ao cadáver vai dar outros elementos para sustentar as provas já recolhidas pelos serviços de Protecção Civil e Bombeiros e Investigaç­ão Criminal.

“Não podemos avançar mais informação sobre o caso em respeito ao princípio da presunção de inocência”, declarou Veríssimo Pandamar, prometendo que o SIC vai continuar a investigar para encontrar “as razões que motivaram o trágico acontecime­nto.”

A morte da jovem médica é a quarta registada este ano na província da Lunda-Norte, presumivel­mente por razões passionais.

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